É quando um homem quiser
Antes do Natal comecei um projeto ambicioso.
Numa manhã, escolhi 24 livros dos miúdos e embrulhei-os em papel de cenário. Escrevi um número em cada um e fiz um desenho natalício.
Era um calendário do advento. Para, mesmo no curso agitado da vida, todos os dias desembrulharmos um livro e nos deixarmos, mais uma vez, deslumbrar com uma história ao deitar.
Cumprimos religiosamente os primeiros dias, fomos deixando um ou outro, até que as reuniões e festas de Natal das escolas nos engoliram. Vieram as férias de Natal, as gripes, os preparativos do Natal, a mudança de casa... Ficaram muitos livros por abrir. E trouxemo-los para a casa nova.
Sem pressas, de vez em quando, vamos abrindo um.
Hoje reparámos que o número 11 estava por abrir. Foi o mini que leu a história de ponta a ponta, com o filho crescido quase embalado pelas palavras do irmão.
Afinal, o Natal é quando queremos que seja, não é?
Hoje foi.