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É daqueles sítios onde, como pais, começamos por ir sempre muito entusiasmados.
Vibramos com as primeiras experiências: olha, tão giro, a andar de carro; ooooh, tão fofo, agora vão ser bombeiros; deixa tirar uma foto do menino a fingir que é médico.
Mas ao fim da terceira fila de espera de 20 minutos, ao cabo de uma hora com aquela luz a fingir que é noite e aquele barulho de miúdos a gritar, sirenes a tocar e música pop de fundo, à enésima birra (do mini, pois claro) porque também está cansado, já amaldiçoamos a hora em que nos passou pela cabeça lá ir e revivemos com dor o momento em que comprámos os bilhetes - antecipadamente, ainda por cima.
Mas a verdade é que, depois de umas golfadas de ar mais saudável, alguns momentos mais silenciosos e, principalmente, ao rever as fotografias e filmes que fomos fazendo durante o dia, todos os aspetos negativos acabam por ser relativizados e ficamos apenas - os miúdos, principalmente - com as memórias fantásticas das experiências que viveram. Das gargalhadas, do prazer de fazer atividades tão diferentes, do ar de surpresa, do riso nervoso antes de uma coisa nova, da postura e da coragem com que encaram novos desafios, do ar orgulhoso de fazerem tudo como os crescidos.
Hoje fomos à Kidzania!
Foram condutores, bombeiros, enfermeiros do INEM, trabalhadores do McDonalds e do Continente, futebolistas, atores de teatro...
Foram dançar à discoteca e o crescido foi ainda reporter da SIC!
E apesar do cansaço de termos passado um dia inteiro - desde que as portas abriram até terem fechado - de confusão, os miúdos (e até nós, confesso) vão sonhando com a próxima oportunidade de lá voltarem.