Troca-tintas
Há uma história minha, da qual me lembrei hoje, sobre um pêssego que a minha mãe não conseguiu que eu comesse (porque "eu não gostava de pêssego") mas que devorei minutos depois em casa da minha ama, perante o ar boquiaberto e desconcertado da minha mãe.
Hoje, quando fui buscar o filhote, estavam a preparar-se para lhe dar o almoço e, uma vez que ali estava, pedi que fosse eu a dar-lho. Tomei o lugar da educadora, pequei na colher cheia de sopa e... nada! O pouco que entrou saiu logo, seguido de uma careta e a recusa em voltar a abrir a boca.
Lá fui fazendo desfilar o repertório musical e a muito custo lá entraram meia dúzia de colheres. Já disposta a deixar a coisa por ali, olhei para a taça da pêra e com um ar irónico, enchi a colher e levei-a à boca do filhote. Abriu-se milagrosamente para essa colher e para todas as seguintes!

Já deixei recado que amanhã, sem falta, quero falar com o fornecedor das pêras!