Manos
Ontem à noite, depois de um fim-de-semana a mil à hora, vislumbrei-lhes mais um momento de verdadeira cumplicidade.
No restaurante, um de cada lado da mesa, batiam sincronizados com as mãos na mesa e, alternadamente, um parava o batuque e fazia um gesto. O outro imitava e recomeçavam a música de percussão. Depois era o outro que fazia um gesto ou uma posição para o primeiro fazer igual.
Estiveram nisto que tempos e foi tão lindo e tão eternecedor (para mim, pelo menos, que estava absorta do batuque) que cheguei a emocionar-me.
Haja descanso dos guinchos e das zangas que vão surgindo entre os dois.