Um judoca e um caçador de Pokemons. Uma cadela todo-o-terreno.
Uma tarde de passeio com direito a desfile, com reis de Carnaval e tudo. Estreia para todos.
(O mini já na sexta-feira tinha ido para a escola de judoca. O crescido não quis ir mascarado, diz que no 5º ano já não se fazem dessas coisas. Entretanto, ontem à noite, perante a minha insistência "Já escolheste do que te vais vestir amanhã? Olha que amanhã é mesmo Carnaval!", decidiu que, em vez de um dos mil fatos disponíveis que temos em casa, queria compôr o seu próprio cenário de caçador do Pokemons. Então lá estivemos nós a fazer bolas de Pokemon, GPS e acessórios vários. Ficou o máximo! Mas do que eu gostei mais foi da originalidade e da proatividade em fazer uma coisa pensada e construída de raiz.)
Já deram a volta a casa, como que a rever todos os cantos onde não estiveram nestes últimos dois meses. Já brincaram no parque, já foram ao campo jogar futebol, já crasharam uma festa de anos de um vizinho, já brincaram com os brinquedos que ficaram.
Todos os dias à noite, quando os vejo a dormir e lhes dou um beijo de boa noite, penso sempre que já passou mais um dia. Que os tenho assim pequenos menos um dia.
8 e 10 anos. Para onde foram estes dias todos que já passaram?
E, inevitavelmente, num exercício mental de balanço antes de adormecer, pergunto-me sempre se soube aproveitar bem os bocados em que estivemos juntos.
Numa manhã, escolhi 24 livros dos miúdos e embrulhei-os em papel de cenário. Escrevi um número em cada um e fiz um desenho natalício.
Era um calendário do advento. Para, mesmo no curso agitado da vida, todos os dias desembrulharmos um livro e nos deixarmos, mais uma vez, deslumbrar com uma história ao deitar.
Cumprimos religiosamente os primeiros dias, fomos deixando um ou outro, até que as reuniões e festas de Natal das escolas nos engoliram. Vieram as férias de Natal, as gripes, os preparativos do Natal, a mudança de casa... Ficaram muitos livros por abrir. E trouxemo-los para a casa nova.
Sem pressas, de vez em quando, vamos abrindo um.
Hoje reparámos que o número 11 estava por abrir. Foi o mini que leu a história de ponta a ponta, com o filho crescido quase embalado pelas palavras do irmão.
Afinal, o Natal é quando queremos que seja, não é?
Já sei como vai ser o meu futuro, mãe! Então é assim, primeiro estudo para ser veterinário. Depois vou ser futebolista. E quando a minha carreira acabar, começo a ser veterinário. Porque já estudei antes!
60 anos de avó, são um acontecimento muito especial!
[E a pouco e pouco, vamos criando também memórias nesta nova casa. Já tivemos uma Passagem de Ano super divertida, um aniversário do pai João, vários almoços e jantares com amigos do coração, a visita da avó Lena e agora um aniversário tão redondinho. Com direito a bolo e a primos vindos de surpresa. E filhos a adormecer depois da hora, mas de coração muito cheio!]