Temos a árvore montada no meio da sala e a janela da cozinha enfeitada com bonecos de Natal.
Os filhos já fizeram as respetivas cartas ao Pai Natal e cantam músicas natalícias o dia todo. As viagens de carro i-n-t-e-i-r-a-s.
Há calendários do advento à espera do primeiro dia de dezembro, planos do mais crescido para enfeitar a casa de uma ponta à outra, anseios com as festas da escola e suspiros pelos presentes, pelas férias, pelos almoços e jantares com os amigos e a família.
Tenho tirado fotografias a tudo, tenho filmado cantorias e violinos... mas o computador não tem ajudado e sabe-se lá quando vou conseguir por tudo aqui. Entretanto...
Com o aproximar do Natal (e acho que a conversa até começou com o aniversário do mais pequeno), já vamos falando em fazer listas de presentes.
E tu, R? O que gostavas que o Pai Natal te trouxesse?
Uma espada brilhante!
(Brilhante, leia-se de metal, the real deal.)
Ó filho, mas a mãe já explicou que o Pai Natal não dá espadas... nem pistolas! O Natal é uma altura de amor... de paz... de certeza que o Pai Natal não vai trazer brinquedos para os meninos andarem às lutas...
Hum... então... então... (voz fofinha e ar dengoso) quero outro Chico! Ou outro Niquinho!
(Ele dorme com a cama cheia de amigos peluches e muitas vezes anda com eles pela casa ou leva-os para a escola. Entre os quais um Nico - o cão da imagem - e um Chico - um urso, mas castanho. E parece-me que está a querer aumentar a família...)
Depois de uma tarde cheia de amigos, castanhas e brincadeiras com a gente do costume, custou a acalmar na hora de ir para a cama. Dentes lavados, pijama vestido, história contada e música a tocar. Mãaaaaaeeeeee... pela décima quinta vez.
Mãe - O que é?
Mini - Não me sinto bem...
Mãe - Mas dói-te a barriga?
(Já a imaginar que a combinação castanhas-croquetes-folhados-de-salsicha-pão-de-alho não teria resultado bem.)
Mini - Não... Não me sinto bem porque... olho para a frente... e olho para trás... e olho para este lado... e não vejo nada... Só estou aqui sozinho.