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pai João e mãe Sofia

pai João e mãe Sofia

Uma no cravo, outra ferradura*

No feriado, na fila para comprarmos os bilhetes para um espetáculo de teatro.

Crescido - Não é preciso casar para ter filhos, pois não, mãe?

Eu - Porquê?

Crescido - Porque a Catarina disse que era preciso e eu acho que não é!

Eu - Pronto, então já tens a tua resposta.

  

Hoje, a caminho da escola.

Crescido - As mães têm de beber muito para ficarem com um bebé na barriga.

Mãe - Ai é? E depois como é? A água transforma-se num bebé?

Crescido - Hum... não! Têm de comer muitos alimentos.

Mãe - Ah, é a comida que se transforma num bebé?

Crescido - Hum... pois... então não sei...

  

* Ou uma mãe dividida: contornar questões sensíveis ou aguçar o espírito crítico dos filhos? 

Eu sei que tinha prometido atualizar o blog com alguma frequência...

... mas há duas semanas fui dar um passeio com os filhotes e os meus primos. Um passeio especial que, apesar de combinado às três pancadas, nos levou, sem planearmos, a um sítio que deve ter feito sorrir o meu avô. Os netos e bisnetos juntos por um dia inteiro, num passeio a um dos sítios que insistiu tanto em visitar antes de nos ter deixado.

  

  

Tirei fotos, pensei em fazer um post... mas os cartões da máquina fotográfica desapareceram misteriosamente e eu, sem aquele post, bloqueei. Queria mesmo começar por ali.

Passei várias horas de rabo para o ar, a espreitar debaixo do móvel, a escarafunchar por baixo dos tapetes da sala, a levantar fios de televisões, telefones, dvds, wiis e afins que se entrecruzam todos nesta zona... Nada. Apenas uma certeza: a culpa inteira e absoluta do mini no sumiço dos cartões de fotografias.

   

Só mais de uma semana depois é que se fez luz no meu cérebro.

Tom leve e casual, uma despreocupação fingida: Olha, filhote, arrumaste os cartões na wii? 

Mini - Sim... ahhhh... não!

Mãe - A sério, a mãe não se zanga, só quer saber... Empurraste os cartões aqui para dentro? - Sorriso nos lábios e olhar assassino escondido.

Mini - Hmmm... Ahhhhh... Sim...

Mãe - Ah! Olha, e quantos cartões eram? - Para ter a certeza que não me estava só a fazer a vontade em assumir uma culpa que não era sua.

Mini - Dois!

Mãe - E de que cor eram?

Mini - Azuis!

 

Bingo!

Uma pinça e meia-hora depois, o pai João sacou os dois cartões de dentro da ranhura para os Cds da consola.

   

 

E pronto, agora já tenho fotos, já posso fazer posts e já posso atualizar o estaminé.

Vamos ver se consigo...

    

Da Páscoa

Passámos o sábado na cozinha. Fizemos folares e bolachas, etiquetas e caixinhas para os podermos oferecer.  Ao fim do dia, deixámos a cozinha de pantanas e fomos jantar a casa dos padrinhos do mini / do meu mini afilhado.

   

Domingo foi um dia de coração cheio. Juntámo-nos aos avós, tios, primos (e afilhada), bisavó e bisavô adotado e estivemos juntos todo o dia.

  

À noite quando voltámos a casa já lá estava o pai! Esteve quase uma semana numa atividade de escoteiros.

Os filhotes não o viram, mas mataram as saudades hoje, logo de manhã, enroscados na cama do mini. Apesar de não ser uma novidade, desta vez os miúdos tiveram mesmo noção do pai longe deles. Em ações muito diretas, como contar quantos dias faltavam para o pai chegar, ou em pequeninas coisas, como fazer alguma coisa da maneira exata que o pai faz: "Espera, mãe, é assim. O pai faz assim...".

       

Amanhã voltamos ao trabalho e ao lufa-lufa de todos os dias.

Estes - de passeios, de novas experiências, de tempo infinito sempre juntos - ficam na memória e vão adoçar-nos os corações sempre que nos lembrarmos deles. Foram mesmo, mesmo bons!

       

E passear!

Saímos de casa quando estava a cair granizo e apanhámos chuva forte grande parte do caminho. Mas os bilhetes estavam comprados, a excitação era muita e resolvemos arriscar.

  

E ainda bem!

Porque não choveu, porque foi muito bom, porque foi uma experiência nova para os miúdos e aguçámos a vontade de (re)visitar o Padrão dos Descobrimentos, a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, o Castelo de São Jorge...

  

Esta tarde andámos de veleiro!

  

    

Passear, passear, passear...

Vimos castelos conquistados por D. Sancho I, fomos ao Fluviário em Mora e ao Monte Selvagem.

     

As expectativas em relação ao Fluviário eram baixinhas, mas gostámos muito.

Vimos peixes, anfíbios e répteis. Brincámos com as lontras e fizemos festas numa raia. Pintámos desenhos, usámos microscópios e lemos livros. E no fim, voltámos ao princípio e repetimos tudo até nos fartarmos.

    

 

 

         

No Monte Selvagem apanhámos uma ventania desgraçada e um frio que me fez temer a saúde dos pequenos.

Mas vimos e tocámos em muitos animais e passeámos de trator (e vimos ovos de avestruz acabados de por e gamos a tentarem libertar-se das hastes). Brincámos nos vários parques infantis, balançámo-nos nas dezenas de pneus que estão disponíveis, fizemos slide e subimos às casas nas árvores.

O momento alto foi sem dúvida o trampolim gigante (aberto a mães também!) mas para contrabalançar o mini aterrou de frente logo no início do dia e esmurrou a sério a testa e o nariz.

      

           

Para daqui a muitos anos eu ainda me lembrar da animação que é

Viagem de carro. Filho crescido com um bloco e um lápis.

  

Crescido - Mãe, como é que se escreve macacos? 

Mãe - Ma - ca - cos. Para que queres saber?  

Crescido - Porque o Luís quer ir brincar à minha casa e vamos fazer um espetáculo.

  

Mãe - ???

  

Crescido - Ma... (escreve) ca... (escreve) co... co... co... (está na dúvida)  

Mini - Co.. co... É um cocodilo!!

  

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