Esta semana acho que ainda não houve um dia em que o filho crescido tenha chegado a casa, ao fim do dia, acordado.
Por outro lado, acorda sempre cheio de fome, pronto para comer este mundo e o outro.
Preocupa-se com o que pode levar para comer na escola, almoça lindamente e, se deixarmos, é capaz de lanchar três vezes, como se fosse sempre a primeira. E janta. E tem repetido o jantar.
Desde muito, muito pequeno, mesmo quando ainda mal falava, que o mini começou a utilizar corretamente expressões como tenho fome, sede, frio, calor... Dói aqui, pica ali, tenho comichão... Tem mesmo muita facilidade em sentir o seu próprio corpo, em explicar o que se passa e em arranjar formas de solucionar o seu problema.
Por isso, não foi com grande estranheza que hoje o ouvimos queixar-se, quando entrávamos de carro no parque de estacionamento de um centro comercial:
Quando os filhos tossem e espirram duas vezes seguidas, agarramo-nos ao soro e à máquina dos aerossóis; e se, quando respiram, fazem um barulhinho fora do normal, hospital com eles.
Quando as mães tossem e espirram, fazem-no durante muito tempo. Porque esta semana não posso mesmo estar doente e nesta semana não tenho mesmo tempo para ir ao médico. E depois, as mães esperam que tudo passe por artes mágicas. E quatro (q-u-a-t-r-o!) semanas depois, com os sintomas cada vez piores que já nem se conseguem manter em pé, as mães vão finalmente ao alergologista que, de olhos esbugalhados, Ai, está com uma pieira horrível!, nos dizem que precisamos de um antibiótico dos fortes, já!
As mães, não em relação aos filhos, mas sobre tudo o resto na vida, precisam mesmo de rever prioridades.
Só para não me esquecer e para me servir de exemplo: nos próximos 15 dias, 2 comprimidos e 2 xaropes ao pequeno-alomoço; 5 comprimidos e 2 xaropes ao jantar. Melhor ainda, e assim não me vou esquecer mesmo: 52 euros! 52 euros na farmácia!
Hoje cantámos os parabéns ao meu pai. Num bolo de brigadeiro, com velas e uma surpresa para cada um dos netos: um helicóptero para o crescido e um picópito para o mini.
No início deste mês a minha afilhada começou a suas aulas de condução. Esta semana o nosso afilhado faz 3 anos.
De hoje a um mês o mini vai comemorar também o seu 3º aniversário e, por agora, pede um bolo com motas e coelhinhos e diz que gostava de receber um porquinho-da-índia.