Ontem, como nos últimos 5 anos, fomos ver as Marchas. O delírio para os cachopos e nós entre a excitação de os ver desfrutar o momento e o sentimento nostálgico sempre presente nos nossos corações. Sempre na lembrança de como foi a nossa noite de Santo António antes do crescido nascer. Dois dias antes. Nós e a nossa barriga-bola.
Hoje, como nos últimos 5 anos, fizemos o almoço de Santo António com o meu pai. Mudámos de sítio (que as tradições também podem evoluir) e este ano, em vez da passeata a seguir ao almoço, avô e neto crescido foram ao cinema.
E amanhã, como nos últimos 5 anos, será um dia cheio. Com festa e bolo de chocolate.
Um dia de corações cheios para celebrar os 5 anos do nosso filhote. Do nosso primeiro maior e mais ambicioso projecto.
Conta histórias, explica situações com muitas frases e conta impecavelmente até 11. Depois vai saltando números ao calhas até gritar Viiiiinnnnnteeeeeee!
Hoje chegámos a casa já era lusco-fusco. Ainda nas curvas do caminho chamou Olha mãe, a lua!! E era mesmo. Uma fatia pequenina de lua em quarto crescente.
Todos os disparates que faz são imputáveis à Ginja, mesmo que ela não esteja por ali perto ou que a asneira seja totalmente impossível a quem não tenha polegares oponíveis.
Acima de tudo está cada vez mais calmo, mais doce, mais crescido. E agora que cortou o cabelo e as farripas desacertadas que lhe escorriam pela cara, toda a gente lhe gaba o ar de rapazola.
De piqueniques e dias solarengos. De cheiro a campo, de passeios de bicicleta e trotineta. De bochechas coradas.
De fins de tarde e jantares com amigos. De laços cada vez mais fortes, de mimos e de gargalhadas.
De farturas e de voltas e mais voltas nos carrosséis para os quais amealharam moedas de um euro nos sábados dos últimos meses. De bolsos cheios de bilhetes que se vendem aos dez de cada vez e de viagens feitas a um, dois, três ou quatro.
Barriga cheia, mas sempre com vontade de mais. E mais e mais.