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pai João e mãe Sofia

pai João e mãe Sofia

Até à próxima...

Só para memória futura, depois dos banhos e já de pijamas vestidos, o pai estava à porta a falar com dois vizinhos e os irmãos maravilha lembraram-se de ir brincar para a rua. A certa altura estavam os dois, no meio dos três adultos, a ver quem subia primeiro para o tractor a pedais. Ganhou o crescido que foi quem deu o empurrão mais forte. O mini caiu para trás e bateu com a cabeça no degrau da porta.

O pai gritou que precisava de gazes e eu desliguei o fogão, vesti-me (eu já estava de pijama), enfiei o crescido na casa de um dos vizinhos com um prato de sopa e abalámos no carro a caminho do hospital.

Tirou radiografias, foi levou quatro pontos com três pessoas a segurá-lo e viemos embora ainda com sangue nas roupas, a pensar no susto que apanhámos.

  

Entretanto hoje fomos ao Centro de Saúde tirar os pontos.

Desta vez só foi preciso ser eu a agarrá-lo para que se mantivesse quieto.

Mesmo antes de ir embora, a enfermeira, de olhar condescendente, estendeu-me um panfleto sobre segurança infantil: Olhe, leve este e leia...

      

E à saída, no parque infantil, subiu para o escorrega, empoleirou-se na trave e Olha mãe, uma cambalhota!

     

Menino da mamã

Hoje de manhã no carro:

 

Sabes, mãe? O Gui convidou-me para eu ir brincar a casa dele e depois dormir lá.

  

Ai foi? Ok.

  

Eu podia ir, mãe? Dormir lá sozinho?

 

Não sei, filho. Temos de pensar nisso.

  

Eu não quero ir.

  

Não? Então?

  

Não. Depois como é que eu dormia lá sem vocês?

   

   

À noite, ao jantar:

  

Já não quero ser paleontólogo.

  

Pai -Não? Porquê?

  

Porque a mãe disse que era muito difícil encontrar esqueletos de dinossauros. Agora tenho de pensar noutra coisa para ser...

   

Pai -Mas também deve ser muito emocionante quando se descobre um.

   

Pois, mas já não quero. Agora... Tenho de pensar numa coisa nova que possa trabalhar cá em casa.

  

Cá em casa?

  

Sim, para estar sempre ao pé de vocês. Já sei, podia ser vosso ajudante!

       

Depois decidiu que também podia ser arquitecto.

Para pintar e arranjar a nossa casa quando ficasse muito velhinha.

           

      

Post para reler (e ler-lhe) quando for o filho crescido for adolescente e nós nos tornarmos nos chatos de quem ele se quer livrar.

    

Dia de Mãe

O meu dia começou com embrulhos à frente do meu nariz. Com saltos dos meus filhos em cima da minha cama, em cima de mim, em cima dos meus cabelos. Com beijos e abraços e turras. 

Com um pequeno-almoço na cama, preparado a três, mas já sem queijo, porque enquanto abri os presentes, a Ginja rapinou-o do tabuleiro que estava pousado no chão.

Com uma manhã inteira de mimos na cama, a quatro (quase cinco, se contarmos com as lambidelas da Ginja), a ouvir música familiar e a ler livros e mini-livros todos juntos. Com um almoço em casa dos meus pais e com a visita da minha avó Joana. 

   

Os meus dias podiam deviam começar sempre assim. Como hoje.

É que foi mesmo, mesmo bom.

      

   

Um dia feliz a todas as mães.

Em especial à minha, que fez de mim a mãe que sou hoje.

    

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