Puxar a cadeira da cozinha até ao frigorífico. Subir para a cadeira e abrir a porta do frigorífico. Escolher o iogurte e fechar a porta. Descer da cadeira.
Pousar o iogurte no chão e abrir a gaveta dos talheres. Escolher a colher mais embonecada (daquelas com cabeça de Ruca ou cheia de ursinhos, por exemplo) e fechar a gaveta.
Pousar a colher no chão e apanhar o iogurte do chão. Tirar a tampa do iogurte e colocá-la no caixote do lixo.
Não satisfeito com teorias do big bang ou a evolução do homem, continua a insistir em saber como afinal viemos parar à Terra ou quem nasceu primeiro, desde o Homem aos patos (Quem foi o primeiro pato? E quem é que pôs o ovo do primeiro pato?).
Um destes dias, numa espécie de montanha que vai a Maomé porque (o cérebro d)o Maomé não sai do mesmo sítio, disse-me todo entusiasmado:
Sabes mãe, eu já sei como é que nasceram os animais na Terra!
Já?
Já! Então, veio do espaço um ovo gigante. Caiu na Terra e nasceram os animais.
Os dias têm sido loucos e as noites muito curtas. Entretanto, estou sentada na cama com o computador ao colo desde as 9 e tal da noite.
Por que razão não estou a trabalhar no escritório, na sala ou na mesa da cozinha?
Porque tenho ao meu lado, bem enroscadinho a mim, o meu mini-príncipe que dorme a sono solto.
E entre a respiração dele e os suspiros que de vez em quando oiço do quarto ao lado onde dorme o crescido (e onde devia estar a dormir o mini), entre o cheiro dele e o sorriso do crescido que me enfeita o desktop do computador, entre as recordações das brincadeiras de hoje à tarde no parque do Alvito e a nostalgia de os ver tão crescidos, independentes e desembaraçados, sinto-me uma sortuda. Pelos filhotes, o amor que sentimos uns pelos outros e a harmonia em que vivemos.
Podem faltar as novidades e actualizações das últimas semanas, mas não nos tem faltado o amor.
Às 4 da manhã pediu para ir fazer chichi. Em frente à sanita, ainda de olhos fechados:
Mãe, o que é um tupperware?
Hoje continuamos em casa. A febre, mais branda, mantém-se.
Ontem trouxe-lhe da escola parte da prenda do dia do pai com dois potes de tinta para que a acabasse. Ficou felicíssimo. Pintou, a tinta secou durante a noite e hoje o pai, com o saco bem fechado para não espreitar o que lá vai dentro, levou de volta para a escola para ser envernizado.
Motas. Não lhe escapa uma e dá gritinhos de excitação sempre que aparece uma no seu raio de visão. E quanto mais barulho fizerem, melhor. Também se mostra entusiasmado com os aviões que descobre no céu, mesmo que sejam mínimos, e, mais ultimamente, com os autocarros e camiões.
Cães. A começar na que temos em casa, passando pelos cães dos vizinhos que está sempre pronto a visitar e acabando naqueles que se cruzam connosco na rua e que nos obrigam a parar para os ver passar perto. Às vezes os donos deixam e ele faz-lhes festas, o que é o delírio total. Também não lhe escapam os cães que aparecem em filmes e anúncios na televisão.
Gatos. Não lhes toca porque eu sou alérgica e (perdoem-me os cat lovers) sou um bocado desconfiada com eles. Mas ele anda sempre a chamar os que passam aqui por casa, os que vê nas redondezas ou na televisão e nos livros. Gatinho!! Gatinho!!
Bebés. Na escolinha está sempre atento aos que passam no corredor para o berçário e na rua vai sempre ter com os que vê passar. Mete-se com eles, faz-lhes festas, cócegas e encanta-se com coisas tão simples como os seus sapatinhos pequeninos (até ele, ainda bebé também, percebe que são sapatos mesmo pequeninos), os seus sorrisos ou as suas festinhas. É mesmo, mesmo carinhoso e meiguinho com eles e acabamos por ficar derretidos com a reacção dele.
No sábado foi à festa de aniversário de uma das amigas mais especiais da escola. Estava felicíssimo por ir à festa na casa da amiga e ainda mais porque foi proposto que todos os convidados fossem mascarados.Divertiu-se imenso!
Mas na segunda-feira a amiga estava com febre e não foi à escola, a irmã da amiga foi para casa a meio da manhã com febre e houve mais baixas entre os convidados.
Como só tem tido febre, acredito que seja uma virose apanhada na festa. Está muito murchito e tem dormido imenso.
Vamos ver se recupera rápido. Sábado há mais uma festa de anos!
O mini, sentado na cadeira instalada na bicicleta atrás do pai João, gostou do passeio.
Mas foi o tempo todo a "queixar-se" O rabo! o rabo do pai! a enfiar-lhe as mãos nos bolsos traseiros das calças e a tentar puxar-lhe a camisa para lhe chegar à pele e fazer-lhe cócegas.
Um fartote!
O crescido chegou a casa, tomou banho e, quando lhe falei nos brócolos do jantar, queixou-se de dores de cabeça: 38,5º.
Ainda bem que fomos andar de bicicleta e apanhar ventinho na cara.