Dois anos do bebé mais desenrascado e desempoeirado que conheço. Dono do mundo, todo-o-terreno e adaptável a qualquer situação. Deste mini que põe todo o seu ser em tudo o que faz, que é tão passionate e sempre tão verdadeiro que acaba por apaixonar também tanta gente.
Dois anos dos mimos mais sentidos, das festinhas mais doces, dos abraços mais apertados, dos beijinhos mais repenicados. Dois anos a segurá-lo nos braços, a apertá-lo e a cheirá-lo. A decorar-lhe os gestos, os cheiros, as feições, os maneirismos. A sentir saudades dos dias inteiros com ele enroscadinho no meu colo, a adivinhar as saudades que vou sentir no futuro dos dias que agora correm.
Dois anos de menino quase desfraldado que vem quase todas as noites para a nossa cama. Que só quer andar de carro de mão dada com quem vai no banco ao lado do condutor, mas que quer fazer tudo sozinho e que dá sempre as suas muitas opiniões em português e na língua que só ele fala mas que ainda é muito usada. Dois anos de gostos bem vincados, de paixão por bolas, cães e motas... por papa, arroz, batatas fritas e legumes verdes.
Dois anos de um mini-filho feliz, sempre divertido, brincalhão e cheio de sentido de humor.
Dois anos de pais mais ricos, de mano mais preenchido, de família mais completa.
Parece impossível ainda não ter escrito nada sobre o Natal!
Este ano começámos ainda em Novembro com o filhote crescido a querer enfeitar a casa para o Natal. Lá lhe fui imprimindo uns desenhos, uns puzzles e uns labirintos natalícios para ir pintando com canetas e aguarelas. Depois, no início do mês, escrevemos a carta ao Pai Natal (muito Toy Story, Bakugans, Beyblades...). Agora só falta o mano pequenino desenhar também a sua carta para seguirem as duas pelo correio.
No domingo montámos a árvore de Natal e, à última da hora, perante um sem número de decorações que não queríamos pôr na árvore, mas que os miúdos insistiam em colocar, ainda saímos para comprar uma árvore(inha) de Natal para o quarto deles. Foi uma festa!! Estiveram os dois (os quatro, aliás) animadíssimos a montar as duas árvores, ao som de música natalícia.
Este feriado começámos a nossa ronda de postais de Natal (mas o mini boicotou a coisa e deixámos para acabar... depois) e hoje fizemos bolachinhas de Natal. A ideia tinha surgido no fim-de-semana, depois foi adiada para o feriado e, já depois, para hoje.
500 gr de farinha, 200gr de açúcar, 200gr de margarina e 2 ovos depois (com miúdos a provar todos os ingredientes em separado e à medida que iam sendo adicionados na tigela) lá estendemos a massa e fomos cortando bolachinhas. Ficaram deliciosas e as pintarolas ajudaram a superar a decepção (do crescido, pois claro) de não termos feito bolachas de chocolate.
Amanhã, vai partilhar a grande maioria das bolachas com os amigos da escola e, com sorte, nos próximos dias conseguimos fazer mais umas fornadas para a escolinha do mini.
Nota mental: arranjar um chapéu de cozinheiro também para o mini. O dedo em riste na fotografia da direita é uma reclamação (muito sonora, por sinal) mas consegui convencê-lo (desta vez, pelo menos) que um avental é muito mais cool.
Este fim-de-semana será a festa de Natal da escola do crescido e, durante a semana, a festa do mini.
Pinheirinho, pinheirinho, de ramos verdinhos... ...
O pai avisou que tinha de passar a manhã em casa de um amigo que o está a ajudar num trabalho. A mãe acordou com a mesma disposição do tempo que faz lá fora e os filhos, logo às 9 da manhã, pareciam impossíveis de, vá, aturar em casa uma manhã inteira, sem a mãe se zangar constantemente.
O que faz a mãe?
Começa a pensar nos museus que são à borla aos domingos de manhã e entretanto lembra-se da peça de teatro que está na Malaposta. Telefona e, milagrosamente, há dois bilhetes (o mini ainda não paga).
Banhos, roupa lavada e quentinha no corpo, carro. À hora do espectáculo estávamos na bilheteira e fomos os primeiros a entrar no auditório.
A registar:
O mini que assim que lhe disse que íamos ver um espectáculo gritou entusiasmado Panda!!! Que esteve sossegadíssimo ao meu colo a peça inteira, a não ser nos momentos musicais em que se abanou e bateu palmas.
O crescido que participou na peça de teatro fazendo de coelhinho, com orelhas postas e tudo. Que agradeceu assim que entrámos no auditório Mamã, obrigado por termos vindo a este teatro. e que recordou todos os momentos no caminho de regresso a casa. Eu também gostava de fazer espectáculos assim, mãe, sabes?
Manhã 5 estrelas! Muito melhor do que ter ficado em casa a ralhar-lhes.
A Ilha Encantada, no Teatro Malaposta, em Odivelas. Levem os vossos miúdos. ;)
Nos últimos dias, entre o tempo frio e chuvoso e a necessidade de reorganizar a casa depois de tantas trocas, os miúdos têm passado mais tempo dentro de casa e em auto-gestão.
Chegamos à conclusão que quase não precisam de brinquedos porque basta terem-se um ao outro para as brincadeiras serem mais que muitas (só as correrias e as escondidas ocupam-lhes mais de metade do tempo). Mas o bom de ver é a relação entre os dois a desenvolver-se e a aprofundar-se.
É claro que se zangam e se magoam um ao outro, e é preciso estar sempre de olhos e ouvidos bem atentos (!!), mas andam sempre atrás um do outro, a querer envolver o outro nas suas brincadeiras e tratam-se de igual para igual.
Por uma série de razões, resolvemos trocar os quartos e o escritório de lugar. Começámos as mudanças ontem e o quarto dos miúdos (antigo escritório) já ficou pronto. Ainda conseguimos começar a mudar o nosso quarto (para o antigo quarto dos filhos) mas acabámos por dormir com o colchão no chão. No fim-de-semana faremos o resto.
Nos últimos dias expliquei aos dois o que ia acontecer. Para o mini foi um pouco indiferente, mas o crescido fez imensas perguntas até ter tudo arrumado na sua cabeça.
No domingo passado fomos com muitos amigos ver o Musical do Panda. Chegámos quase uma hora antes mas portaram-se muito, muito bem até o espectáculo começar.
O filho crescido gostou e muito. Dançou, bateu palmas e aqui em casa já fez e refez o espectáculo vezes sem conta. O mini, quase uma semana depois, ainda tremelica quando se fala no Panda. Fala nos macacos e dá saltos, no Panda que foi dormir, no galo que fugiu do palco e abana-se deliciosamente a dançar.
Foi engraçado e o facto de termos ido com muitos amigos animou ainda mais a coisa.
Os miúdos adoraram e a manhã acabou com um almoço de hambúrgueres com a companhia dos padrinhos do mini e do nosso mini-afilhado.