Memórias
Há exactamente 5 anos descobri que o filhote crescido estava já dentro de mim.
Há 5 anos que um dos maiores sonhos da minha vida se tornou realidade.
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Há exactamente 5 anos descobri que o filhote crescido estava já dentro de mim.
Há 5 anos que um dos maiores sonhos da minha vida se tornou realidade.
A semana passada pediu pela primeira vez um bakugan.
Hoje comprámos-lhe a caderneta do campeonato de futebol (a primeira da sua vida) e quatro carteiras de cromos.
Ontem, entre gestos, sons e palavras, mais ou menos perceptíveis, explicou como foi a actividade de amachucar e rasgar folhas de jornal qie fez na escolinha. Hoje ficámos a saber como correram as digitintas.
Ainda se percebe muito pouco do que diz. Mas a forma como diz, essa, é deliciosa.
Os gestos, os trejeitos, a entoação, as caretas... É possível conversar com ele imenso tempo e perceber em traços gerais o que está a explicar.
Já ele, percebe, sem dúvida alguma, todas as perguntas que lhe fazemos.
Hoje no carro um e outro filho iam escolhendo canções para cantarmos. Quando acabámos a do macaquinho, pedida pelo mini (cáco, cáco!), diz o crescido:
Ó mãe, agora canto eu essa, mas em inguelês.
Tenho 5 réis, tenho um alguidar,
Tenho um monkey... ... shoes up,
Quando me levanto, tiro-lhe o boné
Shake hands, olarilolé!
O mini, que aos 22 meses continua a ser transportado muitas vezes no sling, passeia-se pela sala.
Tem o sling do pai João (bem, na verdade, da minha amiga Liliana) enfiado no pescoço mas, em vez de um suposto filho bebé, leva carinhosamente um dinossauro.
Sábado à tarde, depois das compras de Outono, passámos no parque da vila.
Descobri que o filhote desce o corrimão de bombeiro (deve haver outro nome para o tubo, mas não me ocorre outro) completamente sozinho! Começa lá tão alto, nem eu lhe chego, e vem até ao chão devagarinho, uma mão, depois a outra, e as pernas bem enroladinhas à volta do varão.
O mini já domina o espaço também e é vê-lo a subir com a maior das facilidades os degraus desencontrados para a estrutura de onde saem escorregas e pontes. No sábado percebi que já consegue andar completamente à vontade por cima da ponte de rede e que entra e sai sem precisar de ajuda do sobe-e-desce e da mola.
Estão tão crescidos!
p.s. - O tempo continua escasso. Ou estou de volta dos livros, do computador e da casa ou estou de corpo e alma com eles. Eu continuo a acreditar que dias mais descansados aí vem. Vamos ver...
À terceira aula de natação, o filhote largou finalmente a parede!
E foi vê-lo então, agarrado ao esparguete, a bater pés e a deslocar-se piscina fora, primeiro para a frente e depois de costas. E até na altura dos mergulhos, saltou sem grandes receios.
Estamos a fazer progressos!
Dizia o filho que a educadora não queria mais folhas de Outono. Que agora queria era frutos de Outono.
E podemos levar romãs, mãe? E nozes?
Então lá fomos às compras. Romãs, figos secos, nozes... Ontem assámos uma batata-doce e hoje... tchã-tchã-tchã-tchã!! Fizemos marmelada!
Procurei uma receita simples que não envolvia um passe-vite (embora tenha aprendido o que é o ponto estrada!) e o filhote usou uma faca pela primeira vez para cortar tiras de marmelo aos pedacinhos.
Estava eufórico!
Amanhã, o filhote leva um cabaz de Outono para a escola para partilhar com os amigos.
E eu fiz marmelada! Eu fiz marmelada! Eu fiz marmelada!!
O pai está neste momento a reconstruir o desumidificador cá de casa.
Ontem devo ter dado um toque na bomba do aquário e hoje acordámos com o móvel a transbordar água e o chão de metade da sala ensopado. O desumidificador trabalhou todo o dia e tudo o que estava no armário ficou ao ar, a secar.
Chegados a casa, o crescido deu logo um pontapé num jarro hediondo que ficou intacto, mas que bateu na minha taça favorita e lhe roubou um pedaço. Lixo. Duas horas depois, o mini agarrou num pauzinho de jogar mikado e enfiou-o dentro da grelha do desumidificador. É claro que o alerta foi dado pelo próprio aparelho que fez tanto barulho que ainda antes de o desligar, tirei os miúdos da proximidade não fosse explodir ou pegar fogo ou sei lá que mais.
Eu ajudei a desmontar a coisa e já tirámos o pau de mikado. Agora está o pai às voltas com as peças que não encaixam e já deu pela falta de um parafuso.
Será que vai voltar a funcionar?
Trabalho, trabalho, trabalho.
O pai João entrega a tese este mês e eu, entre as abertas que me proporcionam os meus novos outros filhos de 1º ano, preparo afincadamente o projecto que me vai permitir testar teorias e recolher dados para a minha própria tese.
Entretanto os filhos continuam a crescer. Lindos como sempre, aliás.
O mini continua com bastante sucesso no seu desfralde auto-iniciado e eu estou muito confiante que antes dos dois anos o rapaz larga a fralda. Depois de ter aprovado as romãs, as experiências outonais continuaram hoje com castanhas cozidas, passas e nozes. Está muito crescido e muito explicado. O vocabulário aumentou exponencialmente e embora ainda não faça frases perceptíveis, responde-nos sempre às nossas perguntas sobre os dias na escola como uma algaraviada prolongada onde se percebem palavras como poupa (sopa), pã (parque), pá (bola), Oão (João) e Pê (Pedro). Admira-se com a chuba (chuva) e canta (mais coisa menos coisa) os parabéns e o atirei o pau ao gato.
O crescido continua entusiasmado com a natação (ontem foi a uma festa de uma colega numa piscina onde esteve hora e meia e no fim perguntou escandalizado porque tinham ficado tão pouco tempo dentro de água). Continua de volta dos seus desenhos coloridos, do Toy Story, dos teatros e dos carros Hotwheels. Ontem esteve na festa e por isso hoje perguntei-lhe o que tinha afinal desenhado no registo do fim-de-semana lá na escola. Então, desenhei nós a irmos ao Lidl comprar ovos kinder. Gargalhada. Não te rias, mãe! Foi a sério!
Eu vou aguardando que os dias sejam mais calmos... Hão-de ser, em breve!