É curioso como podem dois filhotes ser tão diferentes.
Já consigo ler-lhe livros mas ainda é utópico tentar um puzzle com ele. Também já nos demoramos muito tempo nos brinquedos de encaixe e com os carros. Brrrrrrrrrrrr..... brrrrrr....
A esfregona, a vassoura, a pá, o aspirador, bolas, os instrumentos musicais e os acessórios da mala de médico são praticamente as únicas coisas com que gosta de se entreter. E os legos. Tenho de dar algum crédito aos legos duplo, principalmente se o irmão estiver a brincar também.
Uma das resoluções de Setembro é brincar mais com este mini-filhote.
Foi o chefe da turma durante o dia e comeu os brócolos todos ao almoço. Eu quase que pagava para ver, já que quase me engasguei quando ele me disse que queria brócolos. A continuar assim no próximo ano estou a vê-lo a pedir alface, mesmo que agora faça caretas de nojo e tente puxar o vómito.
Reencontrou a amiga Catarina, fez o registo das férias, ouviu uma história onceupon a time e brincou aos dinossauros com os amigos. Foram as coisas mais importantes do dia para ele.
Tinha acordado sem querer vestir a roupa da escola, mas acabei por deixá-lo muito calmo no refeitório e voltou feliz para casa.
(A birra de descompensação que fez à hora do jantar não interessa para nada, até porque pediu desculpa e ainda teve direito a levar a Ginja à rua, a brincadeiras partilhadas comigo e história antes de ir dormir.)
O mini vai à escolinha, o pai João vai reencontrar caras larocas, eu vou conhecer os meus próximos outros filhos e o filhote crescido vai voltar à escola.
Acho que está mais conformado com a ideia de voltar. Escolheu o almoço que vai levar no termo (sopa, esparguete com frango e brócolos e um pêssego) e ainda juntámos um pacote de bolachas para partilhar com os amiguinhos à hora do recreio. Faltou experimentar a farda, mas achei que era forçar demasiado a coisa. Espero que o botão dos calções aperte e que a camisa não lhe fique pelo umbigo...
Amanhã é oficialmente o primeiro dia do ano lectivo.
Saboreámos o sossego e a calma mas, na verdade, pensámos e falámos neles o tempo quase todo (bem, o V. ia gostar tanto disto! olha, o R. se estivesse aqui ia fazer logo assim. Temos de cá voltar com os miúdos! e outras pérolas do género...).
Voltámos cheios de saudades e com uma certeza: é bom estarmos só os dois, mas não nos sentimos completos nunca.
Deixámos os filhotes nos avós, com a desculpa de que os avós tinham tantas saudades deles que os convidaram para lá ir dormir, e viemos para as redondezas de Portalegre.
Aproveitámos o fim de tarde na piscina, entre mergulhos, revistas e conversa posta em dia, jantámos com calma e demos uma (grande) voltinha pela aldeia (será aldeia?) que por acaso está em festa. Amanhã planeamos dormir até tarde e aproveitar um bocadinho da piscina depois do pequeno-almoço, antes de voltar a casa.
É a primeira escapadinha que fazemos. A primeira noite que passamos longe do mini.
Estamos contentes com a oportunidade deste momento sozinhos em que nos aproveitamos um ao outro sem interrupções (sem falar na noite seguida que vamos dormir!!!), mas de corações apertadinhos com saudades dos pequenotes, aliás, o tema de 95% das conversas entre nós.
Amanhã vou dar-lhes (a eles que na verdade nem nos devem sentir a falta) os beijinhos e os mimos todos que não dei nas horas em que estive longe.
Esta semana, a última antes do início oficial do ano lectivo, ainda não há actividades estruturadas no colégio nem tão pouco as crianças estão divididas pelas turmas ou entregues às suas educadoras. Entre a falta de uma rotina dita normal e o beicinho que aparece na cara do filhote sempre que se fala no regresso à escola, achei por bem arranjar forma de o manter entretido.
Desta vez os responsáveis pelo entretenimento são o primo M. e a minha afilhada (a quem estou profundamente agradecida). Vejamos:
Na segunda passaram o dia inteiro no Jardim Zoológico (o filhote adormeceu no carro e só acordou no dia seguinte de manhã) com direito a teleférico, comboio, espectáculo de aves, repteis e golfinhos, sem falar nos variados animais que por lá vivem.
Na terça foi a Belém. Comeu pastéis (embora a primeira escolha tenha sido um bolo com pinhões), foi ao CCB, ao Padrão dos Descobrimentos e ao Planetário. Adorou e a emoção foi ainda maior por andar de metro e de eléctrico.
Na quarta esteve em casa dos tios e não sei qual dos momentos foi mais emocionante: o filme do Shrek ou o corneto ao lanche.
O dia de hoje foi dividido entre o Oceanário e o Pavilhão do Conhecimento.
Com dias assim, quem é que quer voltar à escola???
Bem sei que já foi há mais de uma semana, no último dia de férias (31 de Agosto), mas foi um dia tão diferente, tão aventureiro e tão bom que queria deixar o registo.
Deixámos o carro nos subúrbios e apanhámos (eu e os pequenotes) o comboio para Santa Apolónia. Depois o metro para o Rossio (onde nos encontrámos com a madrinha do mini, o M. e o S.) e o eléctrico para o Castelo de São Jorge. Estivemos horas no Castelo. A passear, a explorar, a descobrir... e 2 mães com 4 filhotes demoram muito tempo a deslocar-se. E nas casas de banho.
Fizemos a viagem do Castelo até ao Rossio de minibus e levámos a criançada a almoçar no McDonalds. Perto das 3 da tarde...
Depois despedimo-nos dos amigos, decididos a voltar a casa mas... olhámos para o Elevador de Santa Justa. O filhote pediu para irmos e eu resolvi gastar as vidas infinitas do cartão diário Lisboa Viva do metro e da carris.
Subimos, fomos mesmo até ao miradouro e ao Largo do Carmo. Voltámos para baixo e resolvemos subir mais uma vez. E descer. Com o filhote ao lado do maquinista (ou ascensorista?) para observar bem como se conduz o elevador.
Voltámos de metro à estação do comboio e de comboio para o carro.
Chegámos estafados... mas foi um dia fantástico!
1 - Mini no comboio
2 - Mini e mini-afilhado a tentar vislumbrar os mouros
3 - Escadas quebra-costas, boas para descer com meninos de 4 e 5 anos e bebés ao colo
Num minuto estávamos às compras, no outro corríamos com o mini para o hospital.
Enquanto esperámos pelo atendimento na cirurgia, subiu e desceu cadeiras, trepou e rastejou pelo chão. Sorriu para as fotografias que o pai João lhe tirou. O mano crescido, pelo contrário, estava verdadeiramente preocupado e ia-se lamentando Eu não queria que o mano se tivesse magoado... Vai doer-lhe muito? Eu estou tão triste porque o mano fez uma ferida na cabeça...