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pai João e mãe Sofia

pai João e mãe Sofia

Vamos tomar banho?

Mas é que eu hoje queria fazer folga...

      

Eu sei que ele já me topou... mas eu não consigo deixar de me rir sempre que ele me faz este pedido de folga e às vezes, só às vezes, acedo.

   

Hoje foi um dias destes.

Ganha o irmão que tem a banheira e um progenitor inteirinho só para ele!!

       

Afilhado

Na semana anterior ajudámos a escolher a roupa, a vela e a toalha, e estivemos na reunião de preparação para o baptismo.

       

Neste domingo baptizámos o afilhado numa cerimónia de que, invulgarmente, gostei muito. Foi tão envolvente e de alma e coração que até a voz do pai João se destacou num de certeza absoluta, em resposta à pergunta sobre se queríamos mesmo baptizar o bebé.

       

A festa fez-se depois com os amigos de sempre e com uma família que também passou a ser um pouco nossa.

     

           

S. é uma privilégio podermos ser teus padrinhos!

A. e S. é uma honra escolherem-nos para tamanho papel na vida do vosso filho.

  

Foi um dia magnífico!

           

Só para nos mostrar que não anda lá a ver passar navios

  

Ó mãe, sabes? Eu hoje conheci o Pedro!

(A propósito da tonta da mãe que todos os dias lhe pergunta os nomes dos amigos novos e todos os dias o filho respondia que não sabia porque não conhecia ninguém).

 

       

Three little fingers three little fingers, three little fingers...

(Não faço ideia que canção é, mas hoje ao jantar fartou-se de a repetir. Esta e outra que não canta, mas fez tão bem a sequência dos gestos que adivinhei logo qual era.)

        

Mini-brincadeiras

Esqueçam os peluches, os brinquedos de pano e todos os que estão rotulados como sendo para a sua idade. Além disso, continua a ter grande parte do cérebro na ponta da língua e tudo o que seja mole não tem interesse nenhum para esfregar as gengivas.

   

O moço gosta é de colheres, alguidares, molas da roupa e caixas. O brinquedo preferido, com que mais tempo se entretém e com o qual se diverte mesmo? Os legos do irmão! São uma perdição, tantas peças, tantas cores, monta e desmonta, põe e tira de dentro de caixas...

     

Não tem sido tão frequente quanto eu desejaria, mas também adora que lhe contem histórias. Principalmente se forem em verso. Deve achar piada à métrica e a tanta atenção destinada exclusivamente, porque divide os olhares entre o livro e a minha cara e ri-se com uma satisfação sem igual.

    

Não gatinha, mas acho que não falta muito. Ainda assim, nem sei bem como, percorre o tapete da sala de uma ponta à outra. E se houver um movelzito para trepar... não lhe escapa!

      

E ao quarto dia...

... fez A BIRRA que esperávamos desde terça-feira.

  

Esperneou e guinchou ao meu colo, enquanto fizemos o corredor todo até à sala. Não me largava o colo, nem sequer se punha em pé. Dei-lhe um beijo sentido, pedi-lhe que se divertisse e deixei-o deitado no chão da sala. A auxiliar pegou logo nele e ficou a consolá-lo...        

Eu segurei as lágrimas. 

           

Quando o fui buscar, perguntei-lhe como tinha corrido a manhã. 

 Eu gostei!! respondeu-me com um ar feliz.

      

Saloios

De manhã no carro, ouvimos que hoje, para comemorar o início da Semana Europeia da Mobilidade, andar nos transportes públicos de Lisboa era gratuito.

   

Aproveitei a dica e depois de apanhar os miúdos à hora do almoço, levei-os a andar de comboio e de metro.

O mini-filhote, enfiado no sling, estreou-se nos dois transportes. Nunca tinha andado e esteve num xitex desgraçado no comboio. Adora passeatas e, mesmo cheio de sono, aguentou-se o caminho quase todo muito entretido a observar tudo e a meter-se com as pessoas. 

O mais crescido, depois da vibração com o comboio, delirou com o metro. Entrámos na estação do Jardim Zoológico para ir até à Baixa passear ou experimentar o eléctrico. Qual quê!! Não queria sair! Por isso acabámos por ir até ao fim da linha (Santa Apolónia) e nem tivemos que trocar de metro para voltar para trás e andar mais umas quantas estações. 

Acabámos por sair em S. Sebastião e ir comer um gelado ao El Corte Inglés.Depois fizemos o percurso inverso para voltar ao sítio onde tínhamos estacionado o carro.

        

Soube tão bem o passeio!

Quem sabe, se não repetimos a aventura no dia 22...

    

Oh mãe!!

Sozinha com os dois no centro comercial, deixei o pequenote entreter-se a destruir o meu guardanapo de papel enquanto eu comia apressadamente as últimas garfadas do meu almoço.

  

Levantámo-nos, mini-filho no sling, filho pela mão, chamamos o elevador e quando a porta se abre, cruzamo-nos com duas senhoras Ai que bebé tão lindo! logo seguido de Olhe que ele tem qualquer coisa na boca. Entro no elevador, olho-lhe para a boca e vejo uma ponta do meu guardanapo.

 

Puxo e... fez-me lembrar um daqueles mágicos que puxam lenços intermináveis da boca. Tinha uma tira de papel mastigado que já lhe devia ir, no mínimo, no estômago...

Da escola

Ontem choramingou quando o deixei com a auxiliar, mas hoje ficou quase sem grandes hesitações.

    

Tem almoçado bem e hoje comeu Arroz à Valenciana.Nunca tinha comido salsichas, nem arroz amarelo. A educadora tirou-lhe as ervilhas e convenceu-o de que era um arroz especial.

   

Quando o fui buscar, perguntei-lhe como tinha corrido a manhã.

 

Sabes, mãe? Eu hoje comi um arroz especial!

    

Depois puxei pelas brincadeiras com os novos amigos e pelos os nomes deles.

    

Eu não sei o nome deles... Eu não os conheço!!

      

Mas vai estado cada vez mais à vontade.

Tem-se divertido e gosta muito das novas amigas crescidas.

             

Nine in, nine out

Há nove meses atrás, de manhã cedo, dei uma volta na cama e senti-me a escorrer. Fiz um sorriso gigantesco, à medida da felicidade que me ia invadindo, e antes de saltar da cama, segredei ao pai João Prepara-te, João. É agora! O nosso bebé vinha a caminho!

   

Eu tinha sido "tocada" na manhã da sexta-feira anterior. Relembro que estava com uma lombalgia agonizante e muito, muito inchada, por isso era com um enorme alívio que recebia cada uma das contracções que começaram a chegar ainda na sexta pela hora do almoço. A médica tinha-me dito que se calhar ainda nos veríamos naquele dia...

As contracções fizeram-se sentir sexta e sábado, mas cada vez mais espaçadas, mais leves e no final de sábado já tinha perdido a esperança de que o parto estivesse para breve.

   

Mas o meu mini resolveu mesmo seguir os conselhos do pai e passar para este lado do mundo num dia catorze, tal como o irmão.

     

Tomei banho com uma calma fingida, acordámos e vestimos o filhote, demos-lhe o pequeno-almoço, pusemos as malas no carro e seguimos para casa dos meus pais, onde deixaríamos o filhote.

 

Ainda em casa as contracções começaram a surgir a cada 8 minutos, cada vez mais fortes, mas com tanto que fazer acabámos por só chegar ao hospital perto das 9.30h.

    

Éramos os únicos na sala de espera e não foi preciso muito para ser chamada. Fui observada, admitida e seguiram-se os preceitos normais até me ver deitada na cama da sala de partos.

     

A epidural veio logo a seguir e, a partir daí, era esperar. Uma espera que imaginávamos longa e que fomos ocupando com conversas, com projectos e expectativas, com memórias deliciosas do que já tínhamos vivido numa sala não muito longe dali. Sempre embalados pelo som calmante do batimento cardíaco do nosso mini-filhote. 

 

Por volta das 13h decidimos que o pai João devia ir almoçar. O mini-filhote ainda ía demorar a chegar até nós e era melhor que o pai não ficasse em jejum.

Pois sim! Assim que o pai saiu comecei a sentir vontade de fazer força. Lá fui controlando como pude, tentando esticar a etapa ao máximo. O mini a querer sair e o pai longe de nós, sem telemóvel para ser avisado e voltar a voar.

    

Em pouco tempo, a vontade tornou-se incontrolável e chamei as enfermeiras. Estava na hora.

  

Às 14:08, do dia 14 de Dezembro de 2008, com a ajuda de uma enfermeira, o mini-filhote nasceu. 

Mágico. Um turbilhão gigantesco de sentimentos infinitamente bons dentro de mim. Um bebé igual ao irmão, apenas com menos penugem. Os mesmos sentimentos, o mesmo cheiro a bebé acabado de nascer, a mesma intenção de gravar o momento na minha memória, a mesma sensação de alegria a romper o peito. O meu bebé! Perfeito.

    

O pai João voltou quando me estavam a coser. Que grande surpresa quando percebeu que o nosso bebé já estava cá fora. Pegou no mini e estivemos, pela primeira vez, a gozar o momento a três. Nós e o nosso bebé.

       

O recobro foi muito rápido e sem perder de vista o meu bebé pequenino. O que ele esfregou as mãos uma na outra, as vezes incontáveis que levou as mãos à boca.

      

    

Sentir o meu filho sair de dentro de mim foi sem dúvida inesquecível.

Mas se eu tiver de escolher o momento em que o senti realmente meu, o momento em que foi feita a nossa ligação para todo o sempre, com ele do lado de fora da minha barriga, foi a primeira vez que ele mamou. Ele deitado ao meu lado, eu a decorar-lhe as feições, a boca dele no meu mamilo e a primeira vez que sugou, como se nunca tivesse feito outra coisa na vida.   

           

O mini-filhote está connosco há nove mais nove meses. Nove dentro e nove fora.

É impossível imaginar a nossa vida sem aquele sorriso e é difícil pensar como pudemos respirar sequer, sem ele perto de nós.

        

Rodrigo, amamos-te. Muito e sempre!

Felizes nove meses!

     

Crescido

Trouxe-o comigo para casa depois do almoço (dele) e não podia vir mais inchada de orgulho.

   

Deixei-o de manhã com a auxiliar da sala e ele ficou. Um pouco renitente, mas sem beicinhos nem lágrimas. Estive em pulgas toda a manhã para, à hora do meu intervalo, ficar a saber que esteve muito bem o tempo todo.

    

Brincou, ouviu histórias e canções, correu no recreio (e observou), almoçou com os seus novos amigos no refeitório.

    

Como se não bastassem os elogios de quem esteve com ele na sala, ouvi elogios rasgados de outros funcionários do colégio. Que tinha andado sempre sorridente. Que se estava a portar muito bem. Que se metia com quem já conhecia...

   

O primeiro dia a sério já passou. E bem!

Vamos ver se a boa-disposição continua...