Comprar pão quentinho ao acordar, fazer as refeições todas no meio do pinhal, aproveitarmo-nos uns aos outros, muitos passeios, amigos aos molhos, parques infantis, relvados e uma biblioteca (podemos voltar à tototeca?), jogos da malha e de Uno depois do jantar e dormirmos todos juntinhos e aconchegados uns nos outros.
A recordar: a boca do filhote toda lambuzada de gelado de chocolate do Santini, depois de comer sozinho (e por duas vezes) um cone com uma bola inteirinha; o xitex do mini-filhote a ver toda a gente a lamber gelados e a mãe a dar-lhe uma pontinha microscópica de gelado de manga (ai, ai!! e andamos nós a gastar dinheiro em papas de cereais biológicos e sem açucar!); as mil e uma utilizações que um filho pode dar a uma lanterna ultra-resistente e que funciona depois de dar à odivela (manivela, pois claro!) que comprámos no dia em fizemos uma escapadinha à Decathlon para comprar uma tenda resistente a vendavais e que não nos metesse em apuros com a tenda emprestada pelos compadres; a mobilidade crescente do mini-filhote que, mesmo sentado no meio de uma manta de piquenique / toalha de praia / esteira, conseguia sempre chegar à areia / relva / terra e caruma; a noite que a amiga Rita veio de propósito passar connosco e que dormiu com o filhote maior; as visitas da tia B., dos avós; a Feira de Artesanato do Estoril com o T. e onde o filhote descobriu a existência do algodão-doce; os filhos sempre sujos de terra, encardidos e com ar feliz...
Estivemos no Parque de Campismo do Guincho (sim, é perto e bom caminho, que não sabíamos quantos dias íamos ficar...) e foram uns dias magníficos!
Eu vou insistindo com as palminhas mas ele ri-se, deliciado com a música que lhe canto, e agarra as minhas mãos na expectativa que eu bata palmas com elas.
O que ele sabe fazer bem é dar turrinhas e imitar os índios.
E, ou me engano muito ou o meu mamã está mesmo, mesmo a rebentar.
Ontem à noite, na esperança de me escapar à leitura da história antes de ir para a cama (ainda por cima o V. escolheu o compridíssimo Nabo Gigante!!), perguntei ao pai João se queria ser ele a deitar o filhote. O pai passou-lhe a batata quente.
Quem é que te vai contar a história, V.? O pai ou a mãe?
Hum... a mãe. É que eu gosto dela!!
O pai safou-se e eu derreti!
Lá o compensei com a minha melhor versão do puxaram, içaram, sacudiram, puxaram com mais força... e o rapaz foi para a cama num xitex desgraçado.
Ó mãe... eu tenho um, dois, três, quatro berlindes. Se eu der um ao pai (põe um berlinde na mão do pai João) fico com quantos?
Um dia destes, ele estava entretido a contar qualquer coisa e eu resolvi experimentá-lo Então e se tirares um, ficas com quantos?
Ele pensou e deu a resposta certa.
Não fosse o caso de ter sido apenas à sorte, voltei à carga mais três ou quatro vezes ao longo desse dia e o rapaz acertava sempre.
Ficámos boquiabertos porque nunca imaginámos que ele fosse capaz de o fazer.
Ele encarou as perguntas como um jogo e agora é ele que anda sempre atrás de nós a contar coisas e a perguntar Se eu tirar um (ou dois ou três), fico com quantos?
... hoje, depois das sestas, liguei a máquina de filmar à televisão e estivemos a ver as duas primeiras cassetes da nossa colecção. Mais coisa ou menos desde o meio da primeira gravidez até aos dezoito meses do filhote mais velho.
O filhote achou piada ao ver-se tão pequenino (embora eu ache que ele não acreditou mesmo que era ele próprio) e eu dei um mergulho delicioso (e emocionado) neste passado ainda tão recente. A minha barriga a crescer, os primeiros minutos do filhote, o primeiro banho, os primeiros passeios, a primeira sopa, as primeiras gargalhadas, as primeiras palavras, os primeiros passos...
Tantos momentos tão bons que passaram à velocidade da luz e agora o meu bebé já está tão crescido... e há outro bebé a fazer as mesmas conquistas.
Ainda assim, depois de ter visto e de ter gostado tanto de lembrar estas pequenas etapas do crescimento do filhote, fica a resolução de filmar mais vezes o mini-filhote. É que com a agitação constante dos dois piolhos, normalmente as filmagens ficam esquecidas.
Ontem passámos o dia na Ericeira com direito a praia, restaurante, passeio e parque infantil. Foi non-stop desde as 10h (hora a que chegámos à praia) até às 19h (quando nos sentámos no carro para a viagem de regresso).
O filhote gastou tantas energias durante o dia que adormeceu assim que chegámos ao carro e só acordou hoje às 10 da manhã.
Só tenho pena que o mini-filhote não tenha imitado o irmão...
Enquanto almoçávamos com amigos, pediu-me a máquina fotográfica para tirar fotografias. Com a animação da conversa, esqueci-me dele e só voltei a vê-lo algum tempo depois quando me veio dizer que a máquina já não tinha bateria.
Agora, a espreitar as fotografias tiradas ao longo do dia, descubro que metade das fotografias que tirou... foi a si próprio, em várias poses.