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pai João e mãe Sofia

pai João e mãe Sofia

O meu indiozinho

Abre a boca e fica à espera que a minha mão se lhe cole e bata levemente para começar a palrar.

  

Faz de índio, filhote, faz!

  

E ele faz. A-a-a-a-a-a-a-a-ahhhh

  

Hoje foi um fartote com ele entusiasmado com a gracinha e, ao mesmo tempo de olhos esbugalhados, com o riso histérico do irmão que pedia faz outra vez, mãe, outra vez!

 

Está tão lindo o meu mini-filho!

       

O qué que tem lá dentro?

O peixinho tem potaínas. Mas eu não gosto de peixe, mãe!

E o tomate, mãe? O qué que tem lá dentro?

   

São vitaminas.

   

Pois... vitaminas. O tomate tem vitaminhas. Faz bem à barriguinha...

E as potaínas é para eu crescer! Eu já não sou bebé, pois não? O mano é bebé, ele tem os pés curtinhos. E os braços!

Mas eu tenho os pés compridos!! Sou grande! Eu como muitas potaínas! E fico crescido.

 

 

V., o nutricionista.

E falador. Aquela boca nunca, mas nunca se cala!

 

Há noites fantásticas, não há?

Depois de me ter vomitado o colo todo quando o fui buscar à ama, regurgitou expectoração (e leite!!) mais umas duas vezes durante a tarde. À noite deitei-o na cama e à uma da manhã andava eu de esfregona na mão.

   

Mudei-o para a minha cama e... ainda bem que não arrumei logo o balde e a esfregona.

Vou conter-me nos pormenores, mas fica só a ideia de que assim que o ouvia tossir, só tinha tempo de o levantar e de o pôr fora da cama.

 

Fixe, hein??

  

Hoje ficámos de molho.

Que estou com pouca vontade de repetir a sessão a três nas urgências do hospital.

   

Pai fora...

... mini-filho com tosse, febre e a vomitar ao mais pequeno sinal de expectoração.

  

E o mais velho a explicar tudo muito bem aos avós pelo telefone, enquanto jantávamos.

 

O mano vomitou!

 

Ai foi?

  

Vomitou e sujou a calças da mãe todas, todas! E não pudemos ir ao conxerto comercial...

  

Pois não, viemos direitinhos a casa, que até as cuecas eu sentia molhadas!!

 

Raio do tempo que me deixa os filhos assim!

   

É que nem penses!!

Aguentou estoicamente uma hora e meia de concerto dos Pequenos Violinos, no CCB. Aos 3 anos, uma hora e meia é uma eternidade, mesmo quando se gosta do que se está a ouvir.

Gostou da música, dos meninos a tocar violino, mas o que lhe ficou mesmo guardado no coração foi o Gil, que apareceu logo no início (e no fim do espectáculo) uma vez que os lucros revertiam para a Fundação do Gil.

    

Já no carro, contou aos avós como tinha sido o concerto e os avós puxaram por ele.

  

E tu, também gostavas de tocar violino?

  

Não...

 

Não? Então gostavas de tocar o quê?

   

Hum... pode ser... ... pandeireta!!

      

Ahhh!!! Então é para isto que servem os pacotinhos de gomas!

 

    

Recebeu o saquinho em êxtase e foi impossível negar-lhe uma goma. A primeira da sua vida!

         

Estreou-se com meio marshmallow e anunicou que já não quero mais! tenho a barriga muito cheia!

      

Depois divertiu-se durante quase uma hora a fazer filas com as gomas e a cheirá-las. Cheiram tão bem, mãe!!!

   

E, felizmente, não voltou a lembrar-se delas.

     

O balde dos anéis

        

 

     

Na hora da verdade deu uma corrida até aos noivos, entregou as alianças e voltou a sair de cena novamente em passo de corrida. Mas fez boa figura e ainda colocou (como todas as crianças presentes) uma peça de um puzzle com a fotografia dos noivos, no final da cerimónia.

  

Nós passámos um dia magnífico! 

O casamento pensado até ao mais ínfimo pormenor, a mesa com muito boa companhia, a comida excelente e os elogios rasgados aos dois filhos.

     

Do fundo do coração, Rita e Mário, muitas, muitas felicidades!!

     

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