Mégui, mégui iuuuuuuu
Mégui, mégui iuuuuuuuuu!!
Não há refrão que lhe resista!
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Mégui, mégui iuuuuuuuuu!!
Não há refrão que lhe resista!
Hoje fizemos folares.
Adorou juntar os ingredientes, mexer na massa e, já depois de cozidos, decorar cada folar com amêndoas.
Um dia destes hei-de aventurar-me a pintar ovos com ele...
Deu um salto e deixou definitivamente de ser um recém-nascido.
Anda ao colo todo empertigado com um domínio quase perfeito da cabeça e, deitado de barriga para baixo também se safa lindamente. Senta-se direito recostado em almofadas e tem uns abdominais invejáveis que lhe permitem, quando não quer estar deitado, levantar o tronco todo quase a 90º.
Dá imensa atenção a tudo o que se passa à volta e no meio de uma conversa de amigos vai seguindo com o olhar a voz de quem fala. Adora as palhaçadas do irmão, mas é um bebé muito fácil. Ri-se para qualquer um que lhe dê atenção e não é nada difícil arrancar-lhe palrices. Fala, fala, fala... e imagino quando todos estes sons se transformarem em palavras e eu tiver de ouvir dois a falar em catadupa e ininterruptamente. ;)
O entretenimento maior continua a ser chuchar nas mãos mas já tenta agarrar alguns brinquedos e... levá-los à boca, pois claro!
Já tem um ó-ó eleito e adora mexer-lhe enquanto adormece.
E cresceu!
Tem as bochechas cada vez maiores e os babygrows para 3 meses a deixarem de servir...
Está lindo, claro!
A jantar massinha com carne em casa dos avós.
Ó avó, como faz o peru?
Glu, glu!
E o bife?
Num passeio aqui à volta encontrámos uma vizinha e uma mini-vizinha que o convidaram a brincar lá em casa.
Deslumbrado com tantos brinquedos diferentes dos seus, não queria vir embora.
Deixem-no ficar. Ele brinca um bocado com a M. e daqui a bocado vêm buscá-lo.
Eu reticente e o pai mais entusiasta.
Olha, V., queres ficar a brincar? Olha que a mãe vai embora e vem buscar-te daqui a pouco. De certeza que queres ficar? A mãe e o pai vão para casa...
Ele nem olhava para mim. Ia acenando com a cabeça. Sim, eu fico cá... Eu vou brincar com a M.
Ficou. E nós fomos.
No caminho para casa, coração apertado (que ele é tão pequenino e ainda só tem dois aninhos, o meu bebé...) mas expectantes dos minutinhos só a três. Mas nem chegámos a casa, que entretanto encontrámos mais vizinhos. Uns que nos vinham convidar para passearmos os cães, outros que passaram por nós por acaso.
Vinte e cinco minutos de cavaqueira e voltámos à casa onde tínhamos deixado o filho vendido.
Então, filhote, já brincaste tudo?
Nãããããoooo... Qué brincar mais um bocadinho... Eu quio...
Ficou feita a estreia.
Pior, não me parece que não se volte a repetir nos próximos tempos.
Sempre que me perde de vista e me volta a descobrir, a boca rasga-se num sorriso que lhe ocupa a cara toda, de orelha a orelha, com som e tudo.
E eu fico de coração cheio.
São as réguas da sala!!
Estou na cozinha de volta do jantar sob o olhar atento e avaliador do mini-filhote. Está ali tão sossegadinho na espreguiçadeira a ver-me, que resolvo meter-me com ele.
Pardaleco...
E ouço uma vozinha vinda da sala.
Sim, mamã?
Escolheu o que quis, recortou com (alguma) ajuda e colou com uma mestria que não lhe adivinhava.
Quando acabou, perguntou se podia colar no quarto e ainda nos divertimos um bocado à conta da fita-cola.
Agora aqui estão, a enfeitar-lhe a porta do roupeiro.
[E sempre é mais fácil aspirar os bocadinhos de papel que caem para o chão, do que raspar plasticina do tapete ou tinta dos vidros da sala...]
Há uma semana que não ficávamos só os dois em casa.
A partilhar a cama de manhã, a fazer miminhos e ronhonhós o tempo que nos apetece, a conversar os nossos assuntos, a mamar sem pressas e distracções, a poder descansar sem ser acordado repentinamente pelos guinchos do irmão ou de brinquedos a cair no chão.
E quando penso que depois de hoje só nos restam mais dois dias assim, é difícil as lágrimas não caírem.
A culpa é certamente minha que crio os filhos assim agarradinhos a mim. Minha, que preciso de tempo para gozar os filhos, um de cada vez, sem pressas e sem partilhas.
Que deixo o V. centrar nele todas as atenções, que insisto em não lhe ligar a televisão para me deixar cantar e brincar só com o R., que cedo sempre e dou mama ao mesmo tempo que faço puzzles e leio histórias e respondo a perguntas que nunca têm fim...
Tenho um prazer imenso em estar com os dois filhos... Em lhes proporcionar momentos de descoberta um do outro. Entrego-me totalmente às conversas, histórias, brincadeiras, explorações... com o V.. E amo cada bocadinho.
Mas o mais novo, que raramente reclama atenção e quando o faz só precisa de um colo para estar satisfeito, também precisa de tempo exclusivo. Também precisa que lhe cante, que lhe leia histórias e que brinque com ele.
Sexta-feira vou passar o dia fora e, a partir daí, começam as férias da Páscoa e depois das férias, volto ao trabalho.
E estou feliz com as férias. Por poder estar sempre com o V., por poder gozar a companhia do pai João (e este ano, com o mestrado dele temos tido tão poucos momentos só para nós), por ter a família toda junta em casa.
Mas vou deixar de ter estes dias em que namoro exclusivamente o filho mais novo.
E isso mói-me... e dói-me.