No seu primeiro Carnaval nem sequer o mascarámos por acharmos que era muito pequeno.
No ano passado foi, na festa da escola e com um fato emprestado, um lindo crocodilo.
Depois fomos passar os dias de Carnaval a Londres e não voltámos a referir a festividade.
Este ano, contrariamente a todas as expectativas, já há fatos para os dois (o mais novo não vai perceber nada de nada, mas e pensar em ir passear um mascarado e outro por mascarar?) e o mais velho tem mesmo duas máscaras disponíveis.
É claro que o maior anda felicíssimo e só fala em disfarçar-se de tudo e mais alguma coisa. Já usou várias vezes o fato que tem cá em casa e farta-se de perguntar à avó Já cozinhaste o meu fato de palhaço?, que a avó levou para fazer baínhas (coser, daí o cozinhar!) por estar muito comprido.
E eu, que detesto Carnavais há muitos anos, dou por mim ansiosa pela festa e a desejar que esteja sol, muito sol, para irmos desfilar as máscaras por aí.
Os dois filhos nasceram cheios de pêlos e cabelos.
O primeiro nunca ficou totalmente careca e (porque passava os dias inteiros ao colo) nunca teve aquela pelada na nuca, habitual nos bebés por estarem muito tempo deitados.
O segundo ainda não teve tempo para a pelada na nuca (mas julgo que é um forte candidato à dita) mas para já está engraçadíssimo. Na brincadeira, e não deve andar muito longe da verdade, digo que deve ser de tantas festinhas e beijinhos que lhe damos na testa, porque o pequeno tem uma farta cabeleira nos lados e atrás, mas uma grande carecada entre a testa e meio da cabeça.
Este fim-de-semana esteve a treinar os sorrisos. Lindos, parecidos com os do mano, e para quem lhe der atenção.
Já apanhei um na máquina fotográfica, mas ficou desfocado por não usar flash... Não faz mal, está registado e conta!
Continua calmo e tranquilo, mas com um radar sempre muito activo. Posso estar horas ao lado dele enquanto dorme, mas se me afasto por mais do que dois minutos, começo logo a ouvi-lo protestar.
É impressionante a capacidade dele de nos ouvir, sentir, cheirar (mesmo a dormir) e a total inaptidão para estar sozinho.
Outra coisa que me impressiona é a locomoção.
Deito-o sempre no meio da cama dele (de grades e que está encostada à nossa cama, do meu lado) e todas as vezes que acorda para mamar está de cara esborrachada nas grades. Não sei como consegue mexer-se até ali, mas de facto consegue-o...
O tempo passa mesmo num instante e começa a ser difícil encontrar-lhe os traços de recém-nascido...
Estou sim? Bom dia, daqui é a mãe do V. É só para dizer que ele também não vai hoje, mas que não está doente, nem nada... Hum... ... Tem ficado nos mimos da mãe... e do mano...
Risos e compreensão do outro lado da linha.
Desde 5ª feira que não vai à escolinha.
Uns dias por uma razão, outros com outra desculpa... A verdade é que me sabe muito bem tê-lo por perto o dia todo, mesmo que isso signifique descansar menos ou atenções repartidas entre os dois. Ele, claro, anda feliz.
É puque amanhã é segunda? perguntou-me ainda há pouco quando lhe disse que amanhã (se não surgir nenhuma desculpa entretanto) era dia de escolinha.
... estar sentado à mesa a comer e estar a imaginar que vai a conduzir um carro.
Vruuuummmm para a esquerda, brrrrrrrrrrrr para a direita, piiiiiii, piiiiiiii, uma buzinadela ao carro que se atravessou à frente do dele e depois... começar a chorar.
Puque veio um polícia e deu uma multa ao Vicente puque buzineeeeiiii...
E muitas vezes, nem sei como retribuir tudo o que esta mãe - juntamente com o meu pai, que é também o melhor do mundo - faz por nós. Por nós todos, desde os adultos aos mais novos, passando pela cadela.