1. Quando se tem dúvidas sobre a ida de um filho à natação porque passou a noite cheio de tosse, não arriscar e decidir sempre não ir.
Pode até não ter nada a ver e a doença evoluir assim de qualquer forma; mas não ficamos com a consciência pesada...
2. Quando pensar telefonar para a linha Saúde 24 a perguntar o que fazer, pensar noutra alternativa. Se é para ir ao hospital, ir logo; se é para tirar dúvidas, telefonar ao pediatra.
Primeiro disse-me que não era nada; depois de insistir disse-me que me ia passar ao farmacêutico de serviço para me aconselhar um xarope para o ajudar a expectorar; e quando estava já quase a perder a estribeiras de tanto lhe dizer que o meu filho estava mesmo com dificuldades respiratórias, lá me disse que ia enviar um fax ao Centro de Saúde, mas com muitas dúvidas porque não lhe ouvia pieira nenhuma. É claro que chegou ao Centro de Saúde, fizeram-lhe aerossóis e ala para o hospital, para onde devia ter ido directo, visto o Centro de Saúde não ter meios para o avaliar.
A pesagem de sexta-feira confirmou o que eu já sabia. Aumentou pouco de peso e eu voltei a desfilar o rol de queixas sobre as cólicas. A enfermeira teve pena de mim e passou-me para as mãos uma embalagem de Coliprev. Experimente este... Se já toma o Colimil há tanto tempo e não faz efeito, experimente agora este...
Falei com o pediatra que me descansou. 150 gr era melhor, mas 130 numa semana também não é nada mau tendo em conta que ele passou alguns dias sem comer... Experimente agora o Coliprev, sim senhora, que uns dão-se melhor com uma coisa e outros com outra.
Experimentei e impus-lhe um horário para mamar. Em vez de esperar que peça, dou-lhe mama de duas em duas horas, para tentar aproveitar ao máximo os dias em que come.
E devo ter comentado isto com o cachopo ou ouviu-me a contar este meu plano a alguém... porque nas últimas duas noites não dormiu mais do que duas horas seguidas...
Entretanto, já lhe tentei explicar que só íamos pôr isso em prática durante o dia... as noites iam continuar com as 4 e 5 horas de intervalo...
Não há palavras para descrever o bebé magnífico que é.
Continua maravilhosamente calmo, à excepção das travadinhas que lhe dão à hora de mamar (sejam cólicas ou o que for, são o inferno!!).
Passa os dias colado a mim, quer ao colo ou na espreguiçadeira, e se me afasto mais do que dois metros protesta logo. Por isso, não me afasto. Levo-o comigo para todo o lado, mesmo que seja para o quarto ao lado, e ele anda sempre feliz.
Está cada vez mais atento ao que se passa à sua volta. Enquanto anda ao colo, os olhos não param, sempre a observar tudo o que vai encontrando; distrai-se com os brinquedos e entretém-se imenso com o móbil na cama; segue-me com o olhar, enquanto está na espreguiçadeira e eu cirando por ali.
Os momentos altos do dia são as mudanças da fralda. Assim que se sente a ser despido desfaz-se em sorrisos e gritinhos, e dá às pernas com uma genica inversamente proporcional à tranquilidade que demonstra durante o resto do dia.
Há precisamente dois meses segurava-te nos braços, decorava-te o cheiro e as feições, e impressionava-me com as parecenças com o teu irmão (igual, igual, igual!).
Amamos-te muito, meu pequenino*!
*O V., no entremeio dos mimos abrutalhados e dos vários nomes carinhosos com que o trata, chama-lhe meu pequenino.
Que saudades das brincadeiras, da conversa com os vizinhos e dos lanches partilhados entre os miúdos no parque...
Entretanto descobrimos que o V. já sabe pedalar lindamente no tractor - sou o Bob! - (agora é treinar as pedaladas na bicicleta!), que adora fazer corridas, mesmo quando é o único atleta a competir, e que adora subir pelas cordas que há no parque como um macaco.
Até o R. se divertiu a observar estas actividades. Cansou-se tanto que acabou por dormir uma bela sesta no sling!
... se o filho (o mais velho) que comia a cada hora e meia, se o filho que (há já um mês) não come e só chora quando o ponho à mama.
Já não sei o que lhe faça... Já pesquisei, li, conversei sobre todos os tipos de cólicas e mais alguns, sobre a forma pujante com que sai o meu leite sempre que ele o puxa (talvez não o consiga beber assim..), já deixei de comer coisas específicas que lhe pudessem fazer gases, já quase que fiz o pino a amamentá-lo (para o pôr mais direito e tentar evitar um possível refluxo) e nada parece resultar.
Neste último mês contam-se pelos dedos das mãos as vezes em que mamou sem chorar desalmadamente.
E não é por falta de assunto que tenho escrito menos por aqui. Continuam as gracinhas e rebeldias de um, os sorrisos e as descobertas que vamos fazendo no outro. Mas por muito que queira escrever coisas boas, só me apetece fazer queixinhas se não come, não engorda; se não come, não tenho leite; se sorri o dia todo por que é que berra o tempo todo em que tento que mame...
No meio de tanta queixa, um ponto positivo: hoje parece-me estar ligeiramente melhor...