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pai João e mãe Sofia

pai João e mãe Sofia

30 meses (e 1 semana e 1 dia)

Está giro, giro, giro!

Lindo, charmoso e sabedor do beicinho mais lindo do mundo quando quer pedir alguma coisa. Os olhos acompanham a boca e a cara toda transforma-se enquanto pede vááá láááá... com a maior lata deste mundo. Já fui levada assim, não muitas, mas algumas vezes.

    

Aprende a papaguear tudo o que lhe ensinamos e começa agora a revelar um raciocínio que ainda não lhe conhecíamos. É claro que também é expert em aprender palavras e expressões giras que às vezes usamos sem pensar à frente dele, mas que não são para serem usadas por ele... 

      

Ao rubro anda ainda a imaginação. Vive intensamente as músicas e as histórias que ouve cá em casa e na escola e revive os vários momentos (conta, finge que é uma das personagens...) várias vezes por dia. Canta, dança, faz as vozes e os gestos correspondentes e pede palmas e agradece no fim da representação. A tia B.Linda diz que o sobrinho vai ser actor...

       

30 meses... 6 mãos cheias de meses...

Venham todos os outros!

  

Quem não sente não é filho de boa gente

É extremamente mimoso e preocupado com o mano. Sempre que chega a casa pergunta por ele, se lhe perguntam se podem levar o mano responde que não, que é nosso. Dá-lhe beijos e mimos até mais não e, se ele chora, assusta-se e pede-nos logo para lhe pegarmos ao colo. Se o mano insiste em chorar exige que lhe façamos festinhas.

  

   

Mas ele sente a invasão. A perda da exclusividade.

O mano tanto tempo ao meu colo, tantas vezes pendurado na minha mama. As tarefas quase todas feitas com o pai, que eu estou ora ocupada, ora a guinchar com dores nas costas; as rotinas totalmente alteradas; as horas passadas em casa dos avós; o entra e sai de visitas que vêm ver o menino, ai que fofinho e tão pequenino...

Já o viu deitado comigo na nossa cama e já ouviu várias vezes o espera só um bocadinho que agora tenho as mãos ocupadas.

  

Por isso desafia e provoca sempre que pode e, se o ignoramos, chama para mostrar o disparate com o ar mais safado que consegue arranjar. Fala alto, muito alto e, no meio das conversas com as visitas, grita e berra por mim só para me mostrar ou dizer qualquer coisa sem importância. E chora... Um choro sentido e que lhe sai à mínima contrariedade ou reprimenda. 

     

E eu espero apenas ter a inspiração e sapiência para saber gerir a partilha.

É que a mim também me dói. Porque imagino a dor dele. Porque eu, que sou adulta e tenho outro filho tão lindo e tão fofo e tão amado, também sinto falta dele...

Das brincadeiras e conversas a dois, das 500 histórias lidas de seguida e das horas perdidas de volta dos jogos e dos puzzles. Do tempo em exclusivo e dedicado só a ele.  

           

Mini-filhote, versão mãe Sofia

Mais do que falta de tempo, tem-me faltado a vontade.

Há momentos que, de tão maravilhosos e sensacionais, se escondem na nossa memória e no nosso coração até arranjarmos as palavras certas para os descrever. Para os explicar.

E mesmo agora, não consigo entrar em grandes pormenores. Os detalhes vivem dentro de mim e vou recordando cada um deles a meu bel-prazer.

     

Em traços gerais, parece-me tudo muito mais fácil do que da primeira vez. Mesmo com a atenção exigida pelo filhote grande.

O trabalho de parto foi rapidíssimo (5 horas e meia contra as 26 horas da primeira gravidez) e a fase da expulsão foi ainda mais rápida.

A amamentação está a correr às mil maravilhas e até os sonos da noite têm sido pacíficos. A lombalgia não permite que me levante e deite as vezes que seriam necessárias por isso o filhote tem dormido connosco. Daqui a uns meses posso ter outra ideia, mas neste momento acho perfeito. Dormimos todos praticamente ininterruptamente.

 

      

Eu lembrava-me que era bom ter um recém-nascido nos braços. Mas já não fazia ideia do quão bom realmente é!
O cheiro, os barulhinhos que faz, o calor daquele corpo pequenino e o ar consolado quando pega na mama. O toque, as boquinhas e caretas, as mãos que nunca param...

   

Estou duplamente apaixonada.

      

...e a Ginja?

-Então V, gostas do mano?

-Então pais, têm dormido bem?

 

Estas perguntas vão-se ouvindo, mas quanto à Ginja?

 

Não se preocupem! A cadela nunca teve instintos maternais e tudo aponta para assim se manter.

Cheirou o R assim que ele chegou, cheirou mesmo muito...

Tentou lavá-lo à sua maneira (talvez fosse uma indirecta...)

Olhou para nós e deve ter pensado:

" Estão loucos? Outro? Onde é que vocês vão buscar destas coisas? Doidos..."

 

Passados cinco minutos já não era nada com ela. Já só queria ir à rua e brincar com as bolas de ténis...

 

Ai, Ginja, quando forem dois terroristas a atirar bolas...

Ainda não há pânico!

A casa vai estando limpa e arrumada.

Os filhotes estão bem nutridos e saudáveis.

As visitas não criam confusão cá em casa.

Estamos a reorganizar os espaços conforme as necessidades

(malas, fraldário, roupeiros...)

A lombalgia da Mãe Sofia está a ser seguida.

O Pai João estuda para o mestrado até às tantas da noite.

Os amigos e família têm ajudado (física e emocionalmente)

A festa do V na creche foi LINDA!

 

Dorme-se mal mas é-se muito feliz cá por casa!

 

Ainda não entrámos em pânico, mas dêem-nos mais uns dias...

 

O filhote mais novo

Aqui está a actividade preferida do R!

Agora, no 2º dia, já se pode afirmar que mamar é o seu passatempo preferido!

 

Tem uma crista muito punk, continua a gesticular muito e já chora ( Mesmo! ...Isto promete...).

 

Gosta de colar o nariz ao corpo da mãe, ali é que se está bem! 

Viva o quentinho da mamã.

Fora os berços!

 

Quando dorme, dorme a sério! (Gostamos muito desta parte, continua filhote)

P.S. Obrigado a todos pelas mensagens.

Que valente

Quem o conhece sabe: o filhão (o mais velho) não gosta de confusões.

Será, portanto fácil de me imaginar a dar a notícia do nascimento do R. às pessoas que acompanharam a gravidez da mãe Sofia e estas a desatarem a dar os parabéns e....

...bom, com toda a animação, boa disposição, com sinceridade, amizade e alegria dizerem (geralmente alto e bom som)

"- Boa V, chegou o mano";

"Gostas do mano?";

"O que vais fazer ao mano?" e

"Como é o mano? É bonito como tu?".

 

Ele ri, envergonhado, esconde-se nas minhas pernas e, se estiver ao colo, esconde-se no meu pescoço (com cabeçada e tudo). Super atrapalhado e incomodado com tanta emoção...

 

Já mencionei o facto de ele não gostar de grandes conversas e confusões, não já?

 

Ele, obviamente, ainda não percebe o que aí vem, não percebe a normalidade destas reacções (e nós estamos super gratos por elas acontecerem) mas por tudo isto e por manter o sorriso e a boa disposição, especialmente por não armar birras e choros por não ver a Mãe em condições há dois dias, só posso sentir um grande orgulho em ter um filho tão valente.

 

Lá do alto dos seus dois anos e meio...

Chegou o nosso novo filhote

7h30; acordo com a frase: "João, prepara-te!"

Pensamento 1: "Tá louca! Hoje é domingo, preparo-me para quê?"

Pensamento 2:  (2 milésimos de segundo depois) "Hoje é dia de natação do V, mas não é só às 10?"

Pensamento 3: "AAAAAAAHHH...... Preparo-me para o filhote que vai nascer..."

 

É bom acordar ao lado da mãe Sofia, mas às vezes a emoção é demasiada!

 

Preparámos tudo, filhote acabado de acordar com a azáfama, últimos pormenores da mala da Mãe, combinações com os avós, estratégias para isto e para aquilo, não me perguntem quais eram que já me esqueci...

 

Viajámos para a maternidade e parámos em casa dos pais da Sofia para deixar o V (mais descansado e, ainda, centrando em si todas as atenções...)

 

Depois de chegar e de passar pelas salas e situações da praxe o R, às 14:08, fez POP! Tal como eu previa! Simples!

 

A Mãe Sofia portou-se de forma exemplar e trouxe o R cá para fora com toda a força e coragem que lhe conhecemos.

 

Depois de elogios redobrados da parteira, do recobro e depois de serem examinados, pudemos estar os dois a desfrutar, outra vez, das primeiras horas de vida de um filho.

 

Mais ainda, pelas 18horas o V chegou e pudémos estar todos juntos e cá fora ao mesmo tempo! E que bom foi ver as reacções doces do mano mais velho!

 

O R tem 3, 290Kg, era igual ao V assim que nasceu, com 6 horas de vida já tinha mamado 3 vezes (acho que o V lhe deu umas dicas), é morenaço, o cabelo (escuro) faz uma crista e mexe as mãos como se não houvesse amanhã...

 

Mais, ainda não consigo descrever, só posso acrescentar que é lindo! E mais não digo!