Eu gostei, ele gostou muito e, embora sem perceber bem o enredo, delirou com as cantorias e as danças das personagens que conhece tão bem.
A cara e a excitação com que acompanhou e comentou tudo são impagáveis!
Foi uma estreia neste tipo de espectáculos e correu tudo muito bem, com excepção de um momento mais tremido. No início da segunda parte deu (de livre e espontânea vontade) um aperto de mão ao Ferrão e arrependeu-se logo em seguida quando lhe sentiu a mão peluda.
Agarrou-se ao meu pescoço, ainda pediu duas ou três vezes para ir embora, mas assim que o Ferrão voltou para os bastidores, concentrou-se no palco e esqueceu o encontro imediato.
Já no carro, à ida, dizia que não queria que o Poupas lhe desse lambidelas (?!?!).
Fartou-se de falar do concerto do Poupas durante o resto do dia e amanhã já tem novidades para contar na escolinha.
Ontem entrámos num sítio onde um militar fardado nos fez continência e pediu para deixarmos uma identificação. Entregámos os cartões de contribuinte e assim que nos afastámos o filhote perguntou:
Quem era?
E como demorámos a responder, ainda ocupados a arrumar as carteiras, chegou ele à sua própria conclusão:
Com a chegada a sério do Outono, a minha alergia respiratória resolveu intensificar-se e arranjar como companhia uma grande constipação.
Hoje fiquei em casa a tentar recuperar e o meu descanso (entre muitas outras coisas) foi este:
A mini-roupa está toda lavada, dobrada e arrumada (com excepção de três ou quatro peças com manchas que não se comoveram com o tira-nódoas especial) e já está separado o que é para levar para a maternidade.
Lençóis e fraldas estão também passados a ferro, dobrados e arrumados à espera do seu (novo) dono.
Houve ainda tempo para despachar muitos dos episódios de séries que ocupavam a memória da box, para uma sesta pequenita, para compras online entregues logo no final do dia e, mais importante de tudo, tempo para me sintonizar com o mini-filhote.
Para conversar com ele, para o admirar e sentir nas suas ocupações intra-uterinas... para o imaginar.
... que não fazemos ideia de onde vêm e que, depois do primeiro segundo em que nos rimos a bandeiras despregadas com a saída tão inesperada, nos apercebemos que não têm graça nenhuma.
Entretanto, ele já percebeu que teve piada e já repetiu o feito pelo menos uma meia dúzia de vezes.
Neste fim de tarde, chegamos à bomba de gasolina e colocamo-nos na fila onde já estão uns quatro carros.
Ele espreita e, do meio do escuro, ouvimos-lhe a vozinha indignada:
Oh boneca, sai da frente!!
Volto a sublinhar a parte do não fazemos ideia de onde vem tal expressão.