Há duas ou três semanas tinha algumas dúvidas de chegar até aqui. Agora, à medida que os dias de calma se vão sucedendo sinto cada vez menos contracções e o mini-filhote cada vez mais enroscadinho cá dentro.
E gosto.
Vou abrindo as gavetas cheias de mini-roupa cheirosa (muita dela com recordações dos primeiros tempos do primeiro filhote), vou refazendo a mala da maternidade, vou-me deliciando a ver as fotografias dos primeiros dias do filhote e penso como será desta vez. A quatro.
Com o benefício da experiência já acumulada, mas com a dificuldade de gerir um recém-nascido e um recém-irmão.
Não lhe imagino as feições, tal como nunca imaginei as do filhote.
Desta vez há porém uma diferença: o desejo (romântico, eu sei) de que seja muito parecido com o mano.
Não sabemos de onde virá a febre que ora aparece ora desaparece. Não é muito alta, mas é febre e, entre outras coisas, alterou-lhe o apetite. Umas vezes come tudo e mais alguma coisa, noutras nada entra.
Esta noite, no meio dos terrores nocturnos, dei comigo a fazer-lhe um prato de papa às 3 e tal da manhã. Tinha jantado bem, mas devorou-o num ápice e acabaram-se-lhe os pesadelos na hora.
Serve de treino para os próximos meses...
Depois há as dores que vão variando o sítio e se num minuto diz que dói, no outro já não dói nem nunca doeu... No fim-de-semana queixou-se da cabeça, ontem gemeu de um ouvido e hoje foi a vez da barriga.
Tudo isto acrescido à fase natural dos dois anos, mais ainda à expectativa do mano que há-de nascer, dá uma mistura explosiva nas reacções dele. Há dias em que é o filho que sempre conhecemos, noutros não conhece limites e tudo se passa numa sucessão de birras, umas atrás das outras, sem descanso.
Estamos à espera de melhores dias. Mais saudáveis, pelo menos.
Sexta foi dia de consulta no hospital. O mini-filhote completamente louco com o CTG (não sei se do aperto, se dos ultra-sons, se da invasão de privacidade...) e a notícia de já haver permeabilidade e dois dedos de dilatação.
Mini-filhote, quando quiseres... a mãe agradece!
Aproveitei a ida e fiz uma ronda à segurança social, ao IKEA, às últimas prendas de Natal, aos cappuccinos que me continuam a saber a Londres, à escolinha para recolher o filhote e uma visita ao bebé mais giro que nasceu na semana passada.
Em casa antes das 17h, para escapar às calamidades simuladas, estranhei-lhe o sono e a impaciência. Estava(mos) de rastos e às 20h já ele dormia depois do jantar (possível) de sopa e fruta.
É claro que antes da 1 da manhã ardia em febre e dormiu toda a noite na nossa cama.
Sábado, sozinha com o(s) filhote(s) todo o dia, houve febre e muitas sessões de aerossóis.
Alguma ranhoca e uma tosse cavernosa, muito colo, muita moleza e muitas acrobacias para evitar as 785 birras que surgiram por tudo e por nada. Lá se evitou a maior parte, mas mesmo assim... choro, muito choro.
A recompensa do dia: peça de teatro à noite. Assim, de surpresa e com um pai João em casa a velar o sono do cachopo.
O domingo começou às 6.18 da manhã com um filhote a querer lanchar! Depois de inúmeras tentativas de adiar a coisa, lá fomos para a cozinha e ele passou os 20 minutos seguintes a chorar e a espernear na sala porque... afinal não queria comer, preferia voltar para o quarto e brincar com os brinquedos.
A coisa lá se recompôs e, depois de grandes arrumações no escritório e nos quartos, fomos almoçar e passar o resto do dia em casa de amigos.
Mal comeu, mas a febre deu descanso e ele brincou com a Matilde a tarde toda (que mimosos!!). Viemos embora quase à hora de jantar e houve amuos na hora dos miúdos se despedirem.
Para variar, acabei o fim-de-semana com a sensação de que trabalhei na estiva dois dias seguidos.
Mistura-se tudo muito bem (arregacem as mangas e usem as mãos, que é mesmo o melhor) e depois é estender com o rolo da massa e ir cortando.
Untar uma forma e ir colocando as bolachas já cortadas.
As nossas ficaram prontas em 15 minutos no forno a 200º.
Foi muito fácil de fazer!
Como os ingredientes são poucos, foi ele que os juntou e mexeu.
Adorou amassar a massa com as mãos O V. tem uma mão de môstro!! Dito com voz grossa quando tirava a mão da tigela e a via toda suja com bocados de massa colados.
Depois foi só cortar as bolachas, pondo em prática a larga experiência que já tem com as formas da plasticina.
Andei a namorar as formas de bolachas com motivos natalícios durante uns dias.
Pedi ajuda num fórum para descobrir uma receita de bolachas saborosas e hoje comprei as formas a pensar meter mãos à obra no sábado. As minhas e as dele.
Mas assim que ele pôs os olhos nos formatos de estrela, bengala, árvore de Natal, menino de gengibre e Pai Natal e soube que serviam para fazer bolachas, não deu descanso.
Lavámos as mãos, arregaçámos as mangas... et voila!