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pai João e mãe Sofia

pai João e mãe Sofia

Da Sticky and Sweet Tour

Tive sorte com o lugar onde estacionei o carro, sorte com a fila que escolhi para entrar, sorte com o lugar onde ficámos a ver o concerto e muita sorte com a companhia. 

      

Do alto do meu pouco mais que metro e meio consegui ver o palco de uma ponta à outra (coisa raríssima) e o espectáculo foi... fantásticamente fantástico!

  

 

          

O filho mais novo é que, por mais que a música tenha sido boa, por mais que aqui a mãe tenha vibrado ao som do Give it to me ou do Like a prayer, só se manifestou com as sandes, as bolachinhas e os pacotes de sumo com que fui reabastecendo energias.

   

Será que não é o género dele?

É preciso lata!

Veio no carro a falar de um porco que comeu uma bolota.

Tentei saber se era uma história ou uma canção ouvida na escolinha. E, apesar da insistência dele em falar no porco e da minha em tentar descobrir mais, não consegui perceber... Ele ainda se baralha muito com os dias, com aquilo que fez e aquilo que gostava de fazer e, muitas vezes, o que conta é influenciado pelas nossas perguntas.

    

À noite, não queria vestir o pijama e, para o distrair, falei-lhe no porco.

    

Conta lá à mãe. O porco comeu a bolota... e depois, filho?

   

Hum... não sei... não conheço!

Diz-me o BabyCenter...

The network of nerves in your baby's ears is better developed and more sensitive than before. He may now be able to hear both your voice and your partner's as you chat with each other.

 

Já me vão perguntando se falo com ele, se lhe conto histórias ou ponho música como fazia com  filhote mais velho. Gente que certamente não tem um segundo filho.

 

No segundo, nada disto tem de ser forçado.

Ouve as histórias que o mano ouve e até as que ele conta. Não deve haver Porquinhos, Brancas de Neve, Tremeliques, Noddys, Rucas e Carteiros Paulos que lhe escapem; assim como Beethovens e companhia para bebés, Leopoldinas, Músicas da Carochinha e Lovely Babies.

  

Mais interessante ainda é que até vir para este lado do mundo, ainda tem pela frente, pelo menos, um musical da Rua Sésamo e dois Concertos para Bebés.

      

Não esquecendo, é claro, a Madonna que vou, aliás vamos, ouvir no domingo!

Se sabem que já ouve, ainda me cobram um bilhete extra...

                 

Da fase "papagaio"

É sem dúvida engraçado ouvi-lo dizer ao pai, sempre que faz uma travagem ou uma manobra mais brusca no carro Cuidado, João!

  

Mas giro, giro... é quando o ouço pedinchar qualquer coisa ao pai com um:

  

Vá lááá, môr!

É que nem sei quem é que também usa esta expressão... ;p

      

Imaginação

Numa bolacha meio comida vê um barco e num pedaço de pão já trincado descobre um crocodilo.

  

Com um pano embrulhado numa garrafa simula que está a comer uma banana e dois lápis servem perfeitamente para microfones (um para ele e outro para mim).

       

De uma garrafa de água faz uma corneta e com a mangueira do quintal inventa um monstro assustador que entra pela janela da sua nova casa.

           

Já joga a este faz-de-conta há algum tempo e hoje chegámos ao cúmulo de ver um telecomando de um carro virado ao contrário e transformado num bolo, cortado por uma faca que na realidade era uma chave de parafusos da sua caixa de ferramentas.

      

Cantou os parabéns, partiu uma fatia para ele, partiu outra para mim e pediu-me para provar um bocadinho.

  

  

Há lá coisa mais saborosa?!

    

Respeitinho, se faz favor!

Está ocupado a brincar à porta de casa quando a Ginja lhe dá um valente encontrão para conseguir passar para a rua.

   

Ele, que já tem um equilíbrio fantástico à conta destes arremessos e nem vacilou, atira-lhe indignado com um:

   

Com xenxa, Ginja!! Ai, ai!

    

Uma imagem vale mais do que mil palavras

   

     

A independência.

Agora que tem a sua própria casa instalada no quintal, um dia destes ainda havemos de ir dar com ele a fazer as malas para se mudar para lá.

É a nova coqueluche dos seus brinquedos e é um gozo vê-lo lá dentro a recitar o espelho meu, espelho meu em frente ao espelho que se transforma em mesa e no entra e sai do olá vizinho! e queres entá?

   

O novo corte de cabelo.

Hoje foi cortar o cabelo e perdeu (temporariamente) os seus caracóis. Durante as tesouradas portou-se lindamente, em frente à televisão que mostrava o Ruca e depois da lavagem cerebral sobre cabeleireiros que lhe fomos fazendo nos últimos dias.  

        

A farpela.

Vê-se a camisola verde que não combina com os calções floridos e as sandálias cor-de-laranja que também não fazem par com nada. É o resultado de ter chegado a casa e ter enfiado a primeira coisa que apareceu para ir à piscina nadar, saltar e ver os outros mergulhar.

Não se percebem os calções ainda molhados, mas com tempo suficiente para estarem já todos sujos do banco empoeirado do baloiço que (também não se vê, mas) está ao lado da sua nova habitação.

 

 

Tem uma vidinha muito triste, este cachopo, não tem?

     

Novidade...

... é ouvi-lo dizer que um brinquedo não funxiona.

 

... é vê-lo a pegar num alimento que não conhece bem e ouvi-lo perguntar-me Gostas? Póva....

  

... é trazê-lo da escolinha e ouvi-lo contar com quem esteve, o que fez, o que comeu e ao que brincou.

  

... é ouvi-lo cantar variadíssimas músicas, do princípio ao fim.

  

... é ouvir-lhe expressões como Oh céus!! ou Senhoras, senhores e crianças... tocá tambô!!

   

... é vê-lo de volta dos brinquedos e ouvir-lhe um mãe, tenho uma ideia!  

    

... é tentar fazer valer a sua opinião e rematar a discussão com um razão eu!

    

... é ouvir na boca dele expressões que saem tantas vezes das nossas, exactamente nas mesmas situações, no mesmo tom e com o mesmo compasso.

 

   

Ó mãe, atina-te lá com as minhas rotinas!

Como o pai João precisava de estar num sítio logo depois de almoço, combinámos ir buscar o filhote à escolinha assim que ele acabasse de almoçar.

  

Chegámos à creche quando ainda estava no refeitório e, apesar de já ter almoçado (e repetido!), exigia mais fruta.

 

Ficou felicíssimo por nos ver, por nos termos sentado à mesa com ele enquanto repetia a sua fruta, por irmos com ele até à sala onde pedi para que o levassem a fazer chichi antes de sairmos... mas não gostou de ter de vir embora.

 

Bora não! Domí!!! insistiu inúmeras vezes connosco, no mesmo tom vagaroso e paciente que uso quando lhe tento explicar algo difícil de entender. Domí escolinha... amigos...

  

E por mais que lhe disséssemos que poderia dormir no carro ou que amanhã já dormiria com os amigos, veio embora muito contrariado.