Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

pai João e mãe Sofia

pai João e mãe Sofia

A meio do caminho

Reparo que as primeiras 20 passaram demasiado rápido e que já só faltam (na melhor das expectativas) as outras 20 para me ver a braços com dois, eu que sempre fui só uma.

    

A maravilha de ver a barriga a crescer, o estatuto de grávida (com todas as prioridades e todos os desconfortos físicos inerentes) a ser consolidado e o namoro constante com bodies minúsculos e babygrows quentinhos.

  

Quanto a preocupações, dia 12 saberemos se tudo está no sítio, se mede o que devia medir e por que cromossomas é constituído.

Entretanto vai sendo um "preso por ter cão e preso por não ter". Passei os últimos 4 dias num pânico silencioso porque raramente sentia alguma coisa. Hoje estou em pânico porque mal dormi com ele às voltas a noite toda (de noite dorme-se, bebé!!) e ainda não me deu grandes folgas durante todo o dia.

        

Não sinto pressa em que o tempo passe rápido. Apetece-me aproveitar bem o meu filho único, a minha barriga crescente e o sentimento de andar sempre acompanhada por este ser pequenino.

   

E (desvario dos desvarios) também não me parece (ou apetece) que esta seja a última vez que vivo dias assim.

      

Mais um ocadinho...

É a expressão do momento, sempre com voz de mimo e olhos de Gato das Botas.

   

Vamos embora da piscina?

Não... Mais um ocadinho...

    

Está na hora de ir dormir.

Não... Mais um ocadinho...

     

Vamos para casa?

Não... Mais um ocadinho...

  

Acabou o banho!

Não... Mais um ocadinho...

  

 

E não é que resulta?!

99% das vezes ganha mesmo direito a mais um bocadinho.

 

Pedido com tanto jeitinho, quem consegue resistir?

           

Monstros!!

É engraçado reparar (com alguma surpresa inicial) que o filhote já reconhece e utiliza correctamente noções complicadas como "difícil", "perigoso" ou "medo", mas é este último que tem sido mais utilizado.

Não se pode ver Noddy, Ruca ou outro boneco na televisão ou nos livros que fale disso, nem tão pouco figuras mais feiosas ou assustadoras

(que podem ser, por exemplo, um hipopótamo de boca aberta... ) sem que o filhote desate a chamar de monto!! ...mas sem pavor ( valha-nos isso).

 

A evitar, portanto, estes seres mais propícios à tal reacção, não vá o filhote dormir sobre o assunto e começar os terrores nocturnos, ou ganhar medos desnecessários. Nunca se sabe...

   

Mais passeios!

   

      

Na 6ª feira fomos até à Quinta Pedagógica.

Gostou muito de (re)ver os animais, de conhecer o cão homónimo que lá vive... mas o melhor mesmo, foram os brinquedos espalhados no relvado.

           

Por isso, depois de visitar os bichos todos, brincámos! 

Brincámos tanto e durante tanto tempo que o pai ainda teve tempo de se juntar a nós depois do trabalho.      

     

À vontade do freguês

Como a areia e o mar não são mesmo do seu agrado (estou ainda para saber por que insisti em marcar uns dias de férias no Algarve) e eu continuo a acreditar nos benefícios do ar da praia, hoje fomos passear à beira das praias de Santa Cruz.

    

Passeámos então para lá e para cá à beirinha das praias, com a neblina característica, e com o filhote a lembrar pontualmente Mar não qué. Paia não. Observámos quem estava na praia, sentámo-nos nos banquinhos, cheirámos a maresia, demos uma voltinha no centro e... acabámos por ir almoçar a um restaurante também ao pé da praia.

    

É fantástico continuar a poder levá-lo para todo o lado sozinha, sem grandes preocupações (bem sei que com dois deve ser outra história). Comeu o almoço dele e, mesmo sem o saco dos brinquedos que deixámos no carro, entreteve-se com o que havia enquanto eu almocei descansada. 

    

No caminho para casa ainda demos uma voltinha num centro comercial e... chegou profundamente adormecido para acabar a sesta na caminha dele.

    

Números dos dois

Ele, conta até 20 em português embora se baralhe de vez em quando no onze e no treze, e até 10 em inglês.

Palavras lindas a não deixar escapar da minha memória, o sic (6), o sében (7) e o téne (10).

 

Eu, comecei esta nova gravidez  com menos 3 quilos do que quando acabei a primeira.

Tenho sido muito linda até agora, mas o aumento é inevitável e até tenho medo de pensar no final da gravidez.

   

Cada um à sua maneira, estamos os dois a crescer.

      

O 8 e o 80

Irrito-me com a desobediência pura, olhos nos olhos, em tom de desafio. Eu a probibir alguma coisa e ele a fazê-la; eu a pedir e ele a atirar-me um nnnnnnnão repenicado. Respiro fundo durante as birras e finjo, às vezes com menos habilidade, que não o estou a ouvir a repetir arroz 30 vezes seguidas enquanto eu não lhe ponho o prato à frente.

  

Mas também me emociono com os pedidos de desculpa. Com os pedidos água beber sala? ou arrumá? ajuda?  de quem compreende bem as regras cá de casa e se esforça para as cumprir. Com as perguntas que validam aquilo que já sabe que tem de fazer mas que resolve confirmar entretanto. Com o ar enrascado e a pressa em fazer bem quando me vê a cara 33 ou quando saio disparada em direcção a ele.  

    

Depois lembro-me que ele só tem 2 anos e que muito já faz ele...

    

Ao gato e ao rato

Apesar do turbilhão que vou sentindo cá dentro, só o tinha sentido com a mão uma vez. Quando me dedico a apanhá-lo manualmente foge para o outro lado ou deve ficar tão desconfiado com a pressão, que pára de se mexer.

    

Mas agora mesmo, enquanto estou aqui sem nada para fazer e a navegar ao sabor do rato pela internet, acabámos por nos entender.

     

Ele aqui vai mexendo (hum... será da meia tablete de chocolate que acabei de comer?) e eu, com um sorriso de orelha a orelha, vou fazendo festinhas enquanto desejo que esta energia se mantenha assim até o pai João chegar a casa.

                                                             

Pág. 1/4