Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

pai João e mãe Sofia

pai João e mãe Sofia

Porque viu as minhas canetas de cor e lhes quis mexer...

... procurei as dele e dei-lhas juntamente com um bloco.
Assim trabalhávamos os dois.
  
Mas sempre que o tentava ajudar escrever, porque a ele não lhe saía risco nenhum uma vez que punha a caneta demasiado de lado em relação à folha, irritava-se.
   
Por mais que eu lhe dissesse A mamã ajuda, a mamã ajuda e por mais que lhe ajeitasse a caneta na mão, a birra por eu estar a pegar na caneta dele era tal que desisti.
A folha acabou quase vazia, à excepção dos desenhos feitos por mim e das pintas azuis que fez a bater com a caneta no papel.
   
Há umas semanas atrás, já a bisavó lhe tinha chamado marreta quando ele recusou terminantemente ajuda do bisavô para guiar como deve ser um brinquedo de empurrar.
      
Pergunta de algibeira (não se deixem enganar, que é irónica):
Como não me preocupar-me com este deixa-me em paz que eu é que sei fazer mesmo que não esteja a sair nada do que eu quero, já aos 16 meses? 
   

À descoberta das palavras

O interesse em usar palavras demorou a chegar.
Ouvia atentamente histórias, cantigas e lengalengas, e gostava de ouvir. Mostrava tão bem este gosto por ouvir, que desde cedo percebi que ainda ia demorar muito tempo a falar.
    
Até há umas semanas fui a Máááá. O pai João foi o Pááá. E mais nada saía da boca do filhote.
    
Até há umas semanas.
 
De repente, começou a imitar os animais todos. TODOS! O leão, o cão, o elefante, o macaco, a vaca, o pato, o cavalo... Todos com gestos e alguns estalinhos de língua.
No Domingo, estiveram cá em casa uns amigos e o filhote estreou-se no miau. Uma proeza, para quem estranha tanto as pessoas e para quem não dizia som nenhum deste género.
   
Nas últimas duas semana o pulo foi ainda maior.
Eu passei a ser a Mãããiii e o pai João o Páááiiii.   
Pede para fazer xixi (o que normalmente significa que acabou de o fazer), chama a Gigi (a Ginja), pede o que quer com um quééé, pergunta o que é com um conjunto de sons parecidos a um "que é isto?". O sim e o não também já fazem parte do vocabulário.
Para não falar, é claro, da surpresa desta semana.
      
Adoro sair da creche com ele pela mão, em amena converseta, com o filhote a responder, nos sons dele, às minhas perguntas sobre o dia com os amigos, num timing perfeito de pergunta-resposta.
       
Está a descobrir as palavras. As palavras dele.
E o que eu estou desejosa de descobrir, através delas, o que se passa na cabeça do filhote.
    

Say what?!?

Chegámos a casa já perto da hora do banho, muito depois do que é normal. Vinha transpirado e, depois de beber um biberão cheio de água pede para fazer xixi.
      
Em passo apressado (apesar da maior parte das vezes em que avisa é porque já fez) levo-o para a casa de banho e, à falta de melhor, que nestas coisas de bacios tem de haver sempre um entretem, escolho um dos livros do banho.
    
Entre a lengalenga do livro e as cantorias sobre algumas imagens, vai mostrando que se quer levantar. Como ainda não tinha feito nada, volto a tentar sentá-lo quando o oiço dizer:
 
Mabanho.
   
O quê, filhote? Senta lá outra vez e faz lá o teu xixi.
  
E como a ignorante sou eu, que preciso de gestos e tudo para o entender, o filhote levanta a t-shirt e esfrega a barriga.
   
Queres tomar banho? Eu, de olhos esbugalhados e incrédula.
 
Sorriso estampado na cara do filhote, que me vai acenando que sim e dirigindo-se para a banheira.
  
Provavelmente a pensar Até que enfim que alguém me percebeu!
     

Tenho dias...

... em que a cantoria e as danças são tantas ou tão poucas, em que as brincadeiras e as leituras de livros mais parecem um programa de discos pedidos... que sinto me sinto claramente a viver dentro de um musical.
       
Só falta mesmo a banda sonora a acompanhar e, já agora, meia dúzia de bailarinos a acompanhar!
  
Fame!!  
I want to live foreeeeveeeer.....

16 meses de ti

 
 
 
Estás tão crescido!
Esta percepção ataca-me quando te vejo deitado na cama ou quando te aninho nos meus braços onde cada vez cabem menos pernas.
  
Mas o ponto da situação das últimas conquistas vou deixar para outro post.
      
Neste momento, só me apetece dizer, gritar e partilhar que não há nada melhor do que tu.
Nada é melhor do que os teus sorrisos, do que as tuas descobertas, do que as tuas gracinhas e do que os teus mimos.
    
E se é que é possível, entendemo-nos cada vez melhor e gostamo-nos cada vez mais...   
     
Parabéns, filhote!

Da creche...

No início da semana trouxe com ele um hematoma na cabeça, perto da fonte. Nos seus desvarios na hora do recreio, ele que não gosta nada das cócegas que a relva faz nos pés, teve um contacto mais directo com o cimento do chão.
     
Hoje foi a vez do queixo. No cimento, outra vez.
   
Que todos os acidentes sejam estes... Mas custa tanto sabê-lo magoado e sem mim para o consolar...
     
Filhote, brinca só na relva, por favor!!
   

Ser mãe...

... é chegar à 5ª-feira com a revista Visão da 5ª anterior ainda por ler e ter metade do balcão da cozinha ocupado pela Pais&Filhos enquanto faço o jantar.
 
Mas em contrapartida li setecentas e trinta e duas vezes os 3 Porquinhos, quatrocentas e vinte e nove vezes o livro dos Teletubbies e novecentas e quarenta e oito vezes cada um dos Dicionários por Imagens dos Bebés.
   
E a paixão dele pelos livros é tão grande, que ando seriamente a pensar em renovar a biblioteca dele. A bem da minha saúde mental!!