Dói sentir que a reentrada na creche está a afectá-lo nas vivências do dia-a-dia, no forte ataque de mãezite aguda que o faz, por exemplo, andar em casa de mão dada comigo, na renitência cada vez maior em relação... a toda a gente que não seja eu ou o pai João.
Mas o que dói mesmo, bem cá dentro no coração, é o choro compulsivo de felicidade e alívio com que me recebe quando o vou buscar...
... mas confesso que já me ia sabendo bem ouvir umas palavritas (ou projectos de) a sair da sua boca.
Continua reduzido a Máááá(s) e Páááá(s), com uns Oiááá(s) muito de vez em quando e uns Quééi(s) que, à partida, vão significando que quer alguma coisa, embora também sejam usados aleatoriamente nas mais variadas situações.
Estamos, obviamente, longe da preocupação, porque o nosso pequenote percebe tudo e mais alguma coisa que se lhe diga e também se faz entender muitíssimo bem.
Mas gostava... gostava tanto de o ouvir verbalizar o que vai dentro da sua cabecinha. De ouvir a sua voz a pedir, a mostrar, a explicar, a reclamar...
No primeiro dia entrou pelo próprio pé, fascinado com os brinquedos espalhados pelo chão. Mas o fascínio durou pouco e quando o fomos buscar, uma hora e meia depois, soubemos que tinha chorado o tempo quase todo...
O segundo dia correu melhor.
Chorou à entrada, mas esteve relativamente bem durante as duas horas e meia que lá esteve.
Negativo foi a arranhadela com que veio e o galo que lhe descobrimos já depois de sairmos da creche.
Hoje, o dia (o terceiro) começou connosco a acertar agulhas com a educadora e as auxiliares.
É normal que as crianças se magoem, que venham com galos (às vezes mordidelas) para casa. Mas é grave que um bebé faça um galo e ninguém dê conta. É grave que ele tenha chorado por estar magoado e que ninguém tenha estado atento o suficiente para perceber o que se passou. É grave que ele tenha sofrido uma pancada na cabeça e não tenham existido quaisquer medidas de vigilância. Não gostámos e fizemos muita questão de o mostrar.
Mas a manhã correu melhor.
Soubemos que esteve bem-disposto e que adorou estar a brincar no recreio. E que não gostou do momento de voltar para a sala. É um miúdo do campo, o que é que se pode esperar? ;)
Na próxima semana (ainda estou em dúvida sobre 2ª feira) já almoçará na creche e a partir do meio da semana passará também a dormir a sesta.
A verdade é que ainda estamos processo de adaptação. Aliás, a escrita tão seca e sem graça do post mostra isso mesmo.
Ele ainda está a estranhar.
Eu, além de me custar a separação física e a angústia dele, confesso que o episódio do galo me deixou bastante apreensiva com a creche
M., muitos, muitos parabéns! Amanhã dou-te o beijo e o grande abraço que mereces. :)
T. e C., a inauguração foi um sucesso! Adorámos, está um espectáculo! Viemos o caminho todo a magicar sobre pinturas e vinil... :)
Com fraldas, creme de muda da fralda, casaco de malha, chapéu, muda completa de roupa, chucha, óó e bibe.
Tudodevidamente identificado.
Faltam os lençóis, mas não serão precisos esta semana.
Está assim tudo pronto, encostado à porta da entrada da nossa casa, para a reentrada na creche amanhã.
Tudo pronto, menos eu. E menos ele, que não percebe as minhas ladaínhas sobre a escolinha, sobre as amigas grandes nem sobre as inúmeras brincadeiras que terá com os amiguinhos durante a manhã.
Um bocadinho da manhã. Na Sala dos Pequenos.
Esta semana será assim. Devagar, devagarinho. Precisamos de nos readaptar os dois.
O galarico migrou durante a noite.
Hoje de manhã já devia estar a fazer ninho na cabeça de outro menino, porque na deste já não estava. ;)
E aos 14 meses, 2 semanas e 6 dias, o filhote faz o seu primeiro galo!
Um galo alto e negro, que tratámos com um Perna de Pau e um Magnum Visão, ainda embalados, acabados de comprar numa esplanada de praia perto do sítio onde almoçámos hoje.
Quem não tem cão, caça com gato!
Acabou por ir baixando ao longo do resto do dia, mas o susto foi grande.
Caiu e bateu com o sobrolho num banco corrido, de madeira. Quando o levantámos do chão, já tinha uma mancha muito negra e o vinco bem marcado da bobra do banco marcado na testa. Depois foi só inchar...
A última semana tem sido passada a estoirar os últimos cartuchos das férias.
Não temos pensado muito nisso para não sofrer por antecipação, mas a verdade é que temos passado os dias numa languidez e num dolce fare niente que tem sido divinal.
Almoços, jantares e lanches com amigos e familiares, manhãs passadas na piscina, uns mergulhos fugidios ao fim da tarde, sestas familiares ou leituras e bricolages nas sestas do filhote, passeios de bicicleta a três, brinquedos espalhados por toda a casa e tantas viagens de escorrega no parque infantil aqui da frente, que quase já nem precisa de ajuda.
Foram boas estas férias!
Para mim, até foram grandes, que desde os primeiros anos da faculdade já não tinha direito a dois meses de férias. :)
Amanhã já voltamos todos ao trabalho...
Não me custa pensar que vou voltar a trabalhar. Gosto muito do que faço, gosto do ambiente em que o faço, gosto muito dos meus outros filhos.
Custa-me sim, pensar que a partir de 4ª feira o filhote já volta para a creche... Isso sim, isso custa!
E para o próximo ano quero dois mesinhos outra vez!
Todos os desenhos animados que vê cá em casa provêm do leitor de DVD. E ele sabe-o bem!
Aponta para o leitor quando lhe apetece ver um Noddy ou um DVD de música (em boa verdade só temos mesmo estas duas hipóteses) e aponta para o comando quando quer mudar de episódio ou de música.
Incrível como se faz entender tão bem sem dizer uma única palavra!
Há já uns dias que andava fascinado (o fascínio a crescer proporcionalmente com o meu terror) com o botão de ligar e desligar. É que ainda por cima o dito botão faz acender e apagar uma luzinha azul (maravilha das maravilhas!)
Hoje tirei os olhos dele por dois minutos.
Foi o suficiente para ir dar com ele com o DVD que estava a ver, na mão. O leitor de DVD já estava fechado e desligado.
É a motricidade fina a ser devenvolvida à velocidade da luz!
Apesar de andar muito queixoso das gengivas, o apetite voltou (especialmente para o queijo!) e o sono tem sido um pouco mais tranquilo.
Vamos ver quantos saem cá para fora nos próximos dias!
Adenda: Se calhar é melhor estar bem caladinha, que já lá fui consolá-lo várias vezes, acabei por lhe dar um ben-u-ron perante o desespero dele com as dores e agora está a dormir enroscadinho no pai João.