Escadas vedadas, filhote protegido e papás mais descansadinhos.
Também há uma barreira no fim das escadas, que impede que o filhote (já expert em escalar de barriga o primeiro degrau) tenha a tentação de as subir sozinho.
Fala, faz perguntas, responde às nossas, grita, guincha, saúda quem chega e despede-se quando vamos embora, chama a Ginja, conta histórias e aponta para as imagens dos livros repetindo os nomes que ele já conhece de ouvido.
E apesar de não se perceber palavra rigorosamente nenhuma, a entoação com emite cada um dos seus sons, mostra-nos o que quer e o que sente.
Mais importante, mostra-nos já percebe muito desta arte que é a comunicação.
Nos últimos dois dias levei o pai João ao Centro de Saúde para a sua preciosa dose de penicilina. As amígdalas, que atingiram proporções gigantescas, estão em franca recuperação.
Hoje o filhote acordou com uma febre que não o largou o dia todo!
Acabo de lhe mudar a fralda e subo as escadas com ele ao colo. Na entrada, à porta da cozinha, ponho-o no chão e lá vai ele.
Fralda na mão, atravessa a cozinha, abre o armário por baixo do lava-loiça e, cheio de intenção, coloca a fralda no balde do lixo. Os movimentos são repetidos todas as vezes que muda a fralda.
Única falha: em vez de fechar a porta do armário, fica de mãos no ar, olhar expectante, sorriso pronto, à espera das palmas e dos elogios que lhe teço.
É a primeira tarefa doméstica e adora-a!!
Giro é também vê-lo fazer festas nos móveis enquanto eu limpo o pó e a puxar os lençóis e o edredão quando estou a fazer a cama. Continua assim, filhote!
Há uns dias, no meio de uma das muitas vezes em que o discurso não me sai com a fluência desejada porque as palavras se enrolam na boca e não saem, comentei com o pai João que se fizessem um estudo sobre o efeito que a privação do sono têm nas mães de bebés até aos 2 anos, os resultados seriam devastadores.
Hoje fui às compras com o filhote. Só os dois.
Estacionei no parque do hiper, num lugar mesmo em frente à porta, saco a lista das compras, sempre cobiçada pelo filhote, e lá vamos nós de carrinho em punho. Demorei mais de uma hora.
Quando regresso, com o carrinho das compras a abarrotar e um filhote pendurado num braço (que já precisava de um meio de transporte mais físico e pessoal do que a cadeira do carrinho) e dou de caras com o meu carro ía tendo um ataque.
Então não é que deixei o vidro do lado do pendura completamente aberto. Caixas de cd's (com os respectivos) no chão, um livro e um catálogo de telemóveis pousados no tabelier e o painel do autorádio posto e tudo!
Não é preciso recordar o episódio desta semana em que a mochila do filhote ficou esquecida em casa, pois não?
Portanto, se alguém estiver interessado em fazer o tal estudo, pode contar já com esta cobaia. Com a condição de apontar soluções para a minha recuperação.
O conceito do parque é muito engraçado e superou as expectativas. Não tem animais muito exóticos, mas está tudo bem organizado e há um espaço de lazer com parque infantil para miúdos e graúdos bastante engraçado.
O filhote vibrou com o safari e adorou ver os bichos.
Aliás, os gritinhos de excitação dele anunciavam logo que estava a ver um animal. Chamou-os, de braços esticados e mãos abertas, à cá! à cá! e assim que pôs os olhos nas zebras, começou a fazer o som do cavalo. Inteligente dedução!
Almoçámos por lá e passámos o dia a ver animais (até demos comida às cabrinhas), a passear, a tirar fotos e em conversas e brincadeiras com os nossos amigos e o amiguinho M.
Quando se sentou na cadeirinha do carro, já às 17 horas e sem sesta nenhuma, deve ter agradecido aos santinhos todos! Resta dizer que fizemos uma viagem de volta a casa muito sossegadinha...
Na piscina das crianças ou na dos adultos (sempre acompanhado por pelo menos um dos seus guarda-costas, nós) chapinha, atira água para todos os lados e não quer ninguém a dar-lhe a mão ou a amparar-lhe as caminhadas que faz dentro de água.
E ri. Ri à gargalhada com aquele sorriso que só é empregue nas situações que dão mesmo prazer.
É até ficar engelhadinho ou tiritar de frio!
Nem os pirolitos engolidos uma ou outra vez o assustam...
são aqueles que se atrasam em casa a verificar e a reabastecer a mochila do filhote (fraldas, muda de roupa, almoço, lanche...) depois saem para um dia inteiro na rua e...
... deixam a mochila em casa!
Só dão conta quando, à porta do cabeleireiro (a bem mais de 30km de casa) se vêem a braços com um filhote muito mal-cheiroso.
Sem supermercados por perto e já (muito) atrasados para o corte de cabelo, siga a marinha!
No saco da praia esquecido na mala do carro arranjam-se uns dodots e uma fralda de piscina (que aguentam uma décima do líquido das normais).
Ao almoço estreou-se nas sopas de restaurante, triturada a pedido e (felizmente) com pouquíssimo sal, e um boião de pêra williams, by Nestlé (detestamos boiões!).
Ida às compras completamente impossível e por isso cancelada. Mas passámos no continente para comprar fraldas (das a sério, das que aguentam tudo e mais alguma coisa) e uns calções para o filhote.
Uns calções?!? Sim, uns calções.
Os originais estavam completamente encharcados!
(Ainda hei-de escrever à huggies sobre estas fraldas.)
Pena teve o pai João, que levou o filhote ao colo até ao carro para a mudança total, de não ter comprado também uma t-shirt. Uma t-shirt seca e limpinha.