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pai João e mãe Sofia

pai João e mãe Sofia

Gosto

De te conhecer tão bem nas reacções, nos pensamentos, nas brincadeiras, nos gostos. Nos teus sons que para mim são palavras e frases. No que te amedronta e no que te deixa triste.

  

Da tua exigência em que eu esteja sempre ali ao pé. Sempre presente.  

      

Da intimidade que temos, do poder do toque, da ligação física que conquistámos além da hierarquia natural de mãe e filho.

   

Do riso e da alegria que te sai por todos os poros quando te vou buscar à creche, que é quase igual ao que demonstras nos abraços que me dás quando, entretido a brincar na sala, te lembras de mim, na cozinha.

  

Da tua vontade em me levar onde estás a brincar, pegando-me na mão, puxando e ordenando xenta . Das festas que me fazes na cara, olhos nos olhos, quando estás sentado ao meu colo e vês que já estou tão cansada de brincar contigo que já não te ligo nenhuma.

            

Do teu à vontade, da tua espontaneidade , de todo o teu ser sem reservas sabendo-te protegido connosco.

   

 

E eu sei que não vai ser sempre assim.

Que te vais afastar todos os dias um bocadinho. Que esta luz do olhar de amor sem igual um dia será dirigido a outros. Que um dia sairás do ninho.

      

Eu sei que não vai ser sempre assim.

E sei também que mesmo que aproveite agora todos os momentos e que registe todos os bocadinhos desta cumplicidade sem igual, que vou sentir muitas saudades do agora que vivemos.

   

E sei que isso também é bom.

    

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