1 mês de saudades
Despedimo-nos da minha avó Joana, bisavó dos miúdos, no Domingo de Páscoa, faz hoje um mês.
Um dia de suposta alegria, um dia em que iríamos estar todos juntos, todos juntos com a minha avó Joana, completamente transformado e apenas mais suportável porque tivemos crianças perto de nós.
Entre as saudades imensas e a dor de não podermos mais estar todos juntos, vou-me consolando com as memórias de um fim de semana no Algarve em fevereiro deste ano (levei a minha avó Joana ao Algarve!) e o almoço dos seus 90 anos. Na Comporta, todos juntos, e com direito a viagem de ferry na volta. Esta perda trouxe inevitavelmente à tona o meu avó Zé. O avô de quem ainda oiço o som do sorriso, escritor de quadras que ainda guardo na minha carteira.
O avô que o mini-filho conhece nas fotografias, mas de quem não se lembra verdadeiramente. Para ele, a partida da bisavó foi o primeiro contacto com a morte e não tem sido fácil... No dia, quando lhes contei, chorou inconsolável durante quase meia hora. De vez em quando faz perguntas e este fim de semana, à mesa, com o jantar à frente, voltou a chorar lágrimas gordas Eu não queria que a avó Joana tivesse morrido...
Nem nós...