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pai João e mãe Sofia

pai João e mãe Sofia

Para quê complicar? Um cão é um cão e pronto!

O mini veio feliz da escolinha. Tinha lá estado o cão de uma das educadoras.

  

Contou que lhe tinha feito festinhas, que o cão lhe tinha dado beijinhos e que era um cão vermelho (estão muuuuuuito difíceis as cores...). 

   

E como se chamava, filhote?

  

Cão!

  

Sim, mas o nome do cão era qual?

  

Cão!

   

Sim, era um cão. E como se chamava?

  

Suspirou, encostou o nariz ao meu, abriu muito os olhos e disse, muito devagarinho, a ver se eu percebia a mensagem:

  

O cão cão!

 

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Mini 1 - Mãe 0

Dias de ficar em casa

Matematicamente falando tenho um quinto da tese escrita.

Um quinto já é qualquer coisita que se veja... 

   

O crescido acabou por ficar também em casa e foi um anjo.

Enquanto eu tornei o rabo quadrado aqui sentada ao computador, ele pintou desenhos com canetas e lápis de cor, pintou com tintas uns 3 metros de papel de cenário (eu ajudei a fazer dinossauros), viu o Toy Story 1, vagueou pelo quintal e brincou com playmobil e legos. 

   

Entretanto, ao fim da tarde, ainda fui praticar a velha máxima Mens sana in corpore sano. O VivaFit foi um espectáculo em ter-me telefonado para me oferecer um mês de ginásio gratuito e eu gostava muito de o aproveitar se me conseguir mexer nos próximos dias.

      

Nisto vou carpindo as minhas preocupações. Tenho mais dois dias para ficar em casa e queria mesmo (mesmo, mesmo, mesmo) avançar nos quintos da tese...

     

Sociedade de consumo aos 5 anos

Na farmácia onde fomos comprar uns medicamentos para o mini (para uma coisa urinária que aparentemente não é infecção, mas que lhe altera muito os valores na análise da urina) ofereceram um chupa-chupa a cada um.

  

Já de volta a casa, a ambiguidade da oferta não passou despercebida:

  

Mãe, estes chupas fazem bem à saúde?

  

Não... mas realmente é um disparate oferecerem chupa-chupas na farmácia, não é?

  

Pois!! Deve ser para depois irmos lá gastar imenso dinheiro em xaropes!!

      

Dia de Sol

  

  

A verdade, verdadinha, é que não há dia nenhum no Inverno, com frio e chuva e humidade sem fim, em que não pense que nos podíamos mudar para mais perto de tudo. Os quilómetros feitos no Inverno triplicam.

   

Mas depois vem o sol e os dias compridos. Vêm as tardes de brincadeira no parque, os passeios, as tarefas no quintal, as brincadeiras na rua e os mergulhos na piscina.

É que tão importante como a vida que levamos aqui e as memórias que vão ficando em nós, são as memórias que vamos construindo neles. O poder brincar na rua, andar de bicicleta, de trotineta ou de patins, passear a Ginja e jogar com ela à bola. Os jogos de ténis que fazemos depois de jantar em frente à nossa porta, os legumes e as frutas que cultivamos e comemos, as brincadeiras com água... O conhecer os vizinhos e confiar nos que nos são mais próximos, a oportunidade de ensinar e viver o espírito de entre-ajuda. 

 

Faz hoje 4 anos que (em co-autoria com o banco, claro) comprámos esta casa.

Gosto muito de nos ver crescer aqui.

  

   

P.S. Girassol e fotografia de girassol by pai João. O jardineiro e fotógrafo oficial de jardinices do nosso reino.

 

Grilo

            

             

Entretanto aconteceu o espectáculo final das aulas de expressão dramática.

 

Foi mesmo um verdadeiro espectáculo! Não estava à espera. Como é possível que com crianças tão pequenas se faça uma coisa que tem tanto de profissional como de natural, tanto de trabalho a sério como de total à vontade dos miúdos e respeito pela idade que têm?

   

O nosso grilo era obviamente o mais giro de todos e esteve 5 estrelas. Sem vergonhas, com as falas decoradas e ditas em voz bem alta, e ainda  com um comentário improvisado a meio da peça para reclamar com os amigos que não tinham feito bem uma coisa que dava seguimento à sua parte.

 

       

Esta foi a primeira actividade que fez durante um ano lectivo inteiro e a primeira em que não pede para desistir. E claro, ficou super orgulhoso de ter na plateia os pais, o mano, os avós, os tios e os primos.

  

Parabéns, filhote!

Como disse o mini no fim, num abraço muito apertado ao irmão Obigado do petáculo!        

     

Da festa

   

A febre do dia anterior passou - embora a tosse horripilante continue- e foi uma tarde muito animada numa quinta pedagógica. Houve escorregas, slide, areia, muito verde e animais da quinta. E muita comida.

Foi a primeira vez que juntou amigos da escola à família e aos amigos de sempre (74 pessoas entre adultos, crianças e bebés) e estava feliz, feliz, com a festa Toy Story, a atenção, os amigos para brincar e os presentes.

 

O aniversariante chegou a casa pronto para o banho e o mini trouxe nos bolsos uma quantidade significativa de areia da quinta. Hoje arrastámo-los para a escola e foram o caminho todo a falar sobre a festa. E soube-lhes muito bem voltar a casa e redescobrir os brinquedos recebidos.

       

5 anos celebrados em grande!

Obrigada!

    

30 meses (e 2 dias)

    

    

Tem uma voz fininha, é todo miudinho e ar de quem não parte um prato. Mas é preciso estar sempre em alerta porque, assim como quem não quer a coisa, faz de qualquer pessoa (ou cadela) o que quer.

   

É um furacão, é o miúdo mais desenrascado que conheço e o que tem mais charme.

Adora meninas mais velhas e, inacreditavelmente, elas rendem-se às suas vontades. Tem uma paixão assolapada pela irmã (mais velha) de um amigo do mano. Cada vez que se fala em Rita, pergunta ansioso A Rita minha? Há também uma vizinha da idade do mano crescido que vem brincar às vezes cá para casa. Ele gosta da Diana, mas por quem ele pergunta sempre é pela mana adolescente dela. 

   

Gosta muito de ir à escola e dos amigos que lá tem. Vai contando cada vez melhor o que faz por lá e fala muito no João Pedro (amigo dos disparates das brincadeiras, pelo que vamos sabendo) e nas meninas, a Marta, a Matilde, a Constança... Cá em casa não pode ver ninguém aproximar-se da porta da rua e já vai dando os seus giros nas bicicletas e trotinetas que o irmão vai deixando disponíveis.    

De repente descobriu os livros e não só ouve, como quer contar-nos histórias. De repente passou a gostar de fazer puzzles, mas só dos que estão relacionados com obras e com companhia.

   

30 meses... parece impossível, irreal... Tão crescido e tão pequenino ao mesmo tempo.

Vou-me queixando dos bocados da noite que passa na nossa cama, das viagens de carro em que vou toda esticada só para lhe dar a mão, das manhãs em que me atraso porque não me quer largar o colo... mas durante as horas em que estamos separados durante o dia, sinto-lhe fisicamente a falta. Não sei se alguém percebe o que é isto de sentir fisicamente a falta, mas eu sinto. Chega a doer no coração e a faltar o ar nos pulmões. Depois enterro o meu nariz no pescoço dele assim que o vejo e colo-lhe o corpo ao meu num abraço muito apertado. E tudo fica bem.

  

Mini-filhote, amamos-te exactamente como és. Apaixonadamente!

     

5 anos de ti

  

       

Um.

Cinco anos a relembrar o que te desejámos e a gravidez doce que vivemos pela primeira vez. A ter saudades de te sentir dentro da minha barriga, a lembrar como foi pôr-te neste lado do mundo. Como é possível serem memórias tão acesas, tão palpáveis? Cinco anos a recordar como foi sabermos que vinhas aí e a felicidade total por te termos nos braços.

    

Dois.

Cinco anos de aprendizagens e de etapas. Todas com sabor especial, vividas com intensidade e emoção. Cinco anos de perguntas curiosas e de teorias inventadas por ti. Cinco anos de uma vontade voraz de conhecer o mundo e de perceber como tudo funciona. Quem foi o primeiro homem? Como é que se vai saber porque é que os dinossauros desapareceram? Porque é que eu não sou baptizado? Porque é que há areia no fundo do mar? Porque é que não podemos ir a Nova Iorque? Vou ser médico de animais durante a semana e depois vou ser palhaço ao sábado e paleontólogo ao domingo.

Estás a um passo de começar a ler e fazes raciocínios de Matemática que nos deixam de boca aberta. Já só me sobram 4 bocadinhos de douradinhos. E quantos tinhas quando começaste a comer? Tinha dez! Isso quer dizer que já comeste quantos? ... ... Seis.

     

Três.

Cinco anos do coração mais puro que conheço. Do amigo que sabe mesmo o que é a amizade e lhe conhece o valor. Do menino que sabe o que é lealdade sem conhecer a existência da palavra. Cinco anos a mostrares-te preocupado com os amigos e com a família. A quereres sempre estar perto de todos e a envolver tios, primos, avós e amigos em tudo o que fazemos. Podemos convidar os meus amigos para virem à nossa casa? Quando é que voltamos a casa dos avós? Quando é que o Miguel e a Ana me levam a passear? O Gui porta-se mal, ele não deve ter muitos amigos, ó mãe, mas ele tem alguns amigos, porque é que ele tem amigos se é sempre tão mau para eles? 

 

Quatro.

Cinco anos de alegria. De ti que tens um riso inconfundível, que estás sempre pronto a divertir e a divertir-te. Que fazes espectáculos quase todos os dias e que adoras vestir os teus disfarces e brincar casa fora ao faz-de-conta. Que desenhas e pintas folhas, cadernos, rolos... e que penduras tudo pelas paredes de casa fazendo exposições itinerantes, porque vão mudando de sítio, mas permanentes, porque dificilmente te conseguimos arquivar as obras. Cinco anos de criança que pisa o risco de vez em quando e que, com o crescimento do irmão maravilha que é um pequeno furacão, também se vai soltando mais e arriscando mais em novos disparates. Cinco anos de um miúdo saudável.

   

Cinco.

Cinco anos de amor. Do amor mais profundo que alguma vez poderíamos conhecer. De admiração. De corações sempre abertos, prontos a dar e a receber. De corações apertados por te querermos evitar todos os males, todos os sofrimentos.

  

Hoje o dia é de festa, mas na verdade, tanto eu como o pai sentimos todos os dias da tua vida como um privilégio e uma honra por te termos como filho. Hoje é só mais um dia de tantos outros.

  

Parabéns, filhote!

  

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