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pai João e mãe Sofia

pai João e mãe Sofia

Afinal parece que também crescem na Primavera

Deu um salto e deixou definitivamente de ser um recém-nascido.

Anda ao colo todo empertigado com um domínio quase perfeito da cabeça e, deitado de barriga para baixo também se safa lindamente. Senta-se direito recostado em almofadas e tem uns abdominais invejáveis que lhe permitem, quando não quer estar deitado, levantar o tronco todo quase a 90º.

    

Dá imensa atenção a tudo o que se passa à volta e no meio de uma conversa de amigos vai seguindo com o olhar a voz de quem fala. Adora as palhaçadas do irmão, mas é um bebé muito  fácil. Ri-se para qualquer um que lhe dê atenção e não é nada difícil arrancar-lhe palrices. Fala, fala, fala... e imagino quando todos estes sons se transformarem em palavras e eu tiver de ouvir dois a falar em catadupa e ininterruptamente. ;)

   

O entretenimento maior continua a ser chuchar nas mãos mas já tenta agarrar alguns brinquedos  e... levá-los à boca, pois claro!

Já tem um ó-ó eleito e adora mexer-lhe enquanto adormece.

        

E cresceu!

Tem as bochechas cada vez maiores e os babygrows para 3 meses a deixarem de servir...

    

Está lindo, claro!

    

Primeiras vezes

Num passeio aqui à volta encontrámos uma vizinha e uma mini-vizinha que o convidaram a brincar lá em casa.

Deslumbrado com tantos brinquedos diferentes dos seus, não queria vir embora.

 

Deixem-no ficar. Ele brinca um bocado com a M. e daqui a bocado vêm buscá-lo.

  

Eu reticente e o pai mais entusiasta.

 

Olha, V., queres ficar a brincar? Olha que a mãe vai embora e vem buscar-te daqui a pouco. De certeza que queres ficar? A mãe e o pai vão para casa...

   

Ele nem olhava para mim. Ia acenando com a cabeça. Sim, eu fico cá... Eu vou brincar com a M.

    

  

Ficou. E nós fomos.

No caminho para casa, coração apertado (que ele é tão pequenino e ainda só tem dois aninhos, o meu bebé...) mas expectantes dos minutinhos só a três. Mas nem chegámos a casa, que entretanto encontrámos mais vizinhos. Uns que nos vinham convidar para passearmos os cães, outros que passaram por nós por acaso.

Vinte e cinco minutos de cavaqueira e voltámos à casa onde tínhamos deixado o filho vendido.

   

Então, filhote, já brincaste tudo?

   

Nãããããoooo... Qué brincar mais um bocadinho... Eu quio...

   

     

Ficou feita a estreia.

Pior, não me parece que não se volte a repetir nos próximos tempos.

     

Mãe de dois

Estou na cozinha de volta do jantar sob o olhar atento e avaliador do mini-filhote. Está ali tão sossegadinho na espreguiçadeira a ver-me, que resolvo meter-me com ele.

   

Pardaleco...

   

E ouço uma vozinha vinda da sala.

   

Sim, mamã?

Ah!! Afinal há utilidade nos panfletos dos supermercados!!

 

      

Escolheu o que quis, recortou com (alguma) ajuda e colou com uma mestria que não lhe adivinhava.

   

Quando acabou, perguntou se podia colar no quarto e ainda nos divertimos um bocado à conta da fita-cola.

Agora aqui estão, a enfeitar-lhe a porta do roupeiro.

  

[E sempre é mais fácil aspirar os bocadinhos de papel que caem para o chão, do que raspar plasticina do tapete ou tinta dos vidros da sala...]

     

Dias de namoro

Há uma semana que não ficávamos só os dois em casa.

A partilhar a cama de manhã, a fazer miminhos e ronhonhós o tempo que nos apetece, a conversar os nossos assuntos, a mamar sem pressas e distracções, a poder descansar sem ser acordado repentinamente pelos guinchos do irmão ou de brinquedos a cair no chão.

    

E quando penso que depois de hoje só nos restam mais dois dias assim, é difícil as lágrimas não caírem.

    

A culpa é certamente minha que crio os filhos assim agarradinhos a mim. Minha, que preciso de tempo para gozar os filhos, um de cada vez, sem pressas e sem partilhas.

Que deixo o V. centrar nele todas as atenções, que insisto em não lhe ligar a televisão para me deixar cantar e brincar só com o R., que cedo sempre e dou mama ao mesmo tempo que faço puzzles e leio histórias e respondo a perguntas que nunca têm fim...

      

Tenho um prazer imenso em estar com os dois filhos... Em lhes proporcionar momentos de descoberta um do outro. Entrego-me totalmente às conversas, histórias, brincadeiras, explorações... com o V.. E amo cada bocadinho.

Mas o mais novo, que raramente reclama atenção e quando o faz só precisa de um colo para estar satisfeito, também precisa de tempo exclusivo. Também precisa que lhe cante, que lhe leia histórias e que brinque com ele.

    

Sexta-feira vou passar o dia fora e, a partir daí, começam as férias da Páscoa e depois das férias, volto ao trabalho.

E estou feliz com as férias. Por poder estar sempre com o V., por poder gozar a companhia do pai João (e este ano, com o mestrado dele temos tido tão poucos momentos só para nós), por ter a família toda junta em casa.

  

Mas vou deixar de ter estes dias em que namoro exclusivamente o filho mais novo.

E isso mói-me... e dói-me.

   

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